Uma artigo de opinião de Alcides Freire, editor do jornal O JOGO, sobre o Euro'2024
Corpo do artigo
Lágrimas de Yaremchuk, um pedaço da bancada destruída do estádio de Karkhiv exposta na rua e milhares de deslocados ucranianos na bancada do estádio de Dusseldorf. Nenhuma destas imagens é de futebol, mas tornam esta Ucrânia um caso muito especial do Euro’2024. Sim, é um país em guerra desde 2022 e que se qualificou jogando fora de casa, longe das bombas russas. E dos drones iranianos e obuses norte-coreanos.
Não é obrigatório torcer pela seleção ucraniana, mas é impossível dissociar o que se passa neste junho em cidades como Karkhiv e Odessa do que a equipa de Rebrov faz no relvado. As lágrimas de Yaremchuk e o futebol unem o que guerra iniciada pela Rússia separou. Afinal, esta é a Ucrânia de campeonato com jogos que duram mais de quatro horas. Porque foram interrompidos a cada alarme de ataque russo. Com mísseis e drones.