A verdade vem sempre ao de cima e, no caso da auditoria do FC Porto, as conclusões são impactantes. Assegurar a transparência nos negócios deveria ser uma prioridade de quem manda no futebol português.
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Não há negócio ao mais alto nível do futebol que se concretize sem a intermediação de um agente. Tudo normal e uma prática que não é recente, vinda dos tempos em que Manuel Barbosa e outros pioneiros nacionais da área começaram a encher os cofres dos clubes com quem mais trabalhavam fruto de contactos internacionais que permitiram encaixes muito significativos por jogadores que não tinham forma de merecer a exposição externa que as plataformas digitais e redes sociais se encarregam, neste momento, de assegurar.
A grande questão agora é o uso e o abuso das comissões pagas aos intermediários, que em muitos casos são já parceiros de clubes que não podem viver sem eles para conseguirem liquidar os salários ao fim do mês. Isso conduz, obviamente, a situações limite, que colocam em causa o normal funcionamento das SAD e, de certo modo, ferem de morte o que deve ser o normal relacionamento entre fornecedor e cliente.