Claramente, o selecionador nacional acredita que não é preciso um milagre para Portugal conquistar o Europeu. E esse é um bom sinal.
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Num país profundamente católico, ainda que maioritariamente não praticante, alguém devia ter avisado Roberto Martínez sobre a sensibilidade do tema Fátima. Noutros tempos certamente o teriam alertado para a sacralidade de trilogia que também incluía futebol e fado, mas adiante. O selecionador disse que, sim senhor, iria a Fátima se Portugal fosse campeão europeu, mas não a pé “que pode ser muito difícil”.
Ora, aquilo que algumas beatas das redes sociais vieram imediatamente expor como um sinal de falta de fé do treinador espanhol, pode da mesma forma ser visto como exatamente o contrário. Ir a pé a Fátima é o tipo de promessa que faz à troca de um milagre. Uma cura que a medicina garante ser impossível, o primeiro prémio do euromilhões, um novo aeroporto em Lisboa. Esse tipo de coisas que só acontecem com intervenção divina.