O FC Porto livrou-se da quarta derrota consecutiva, mas não conseguiu vencer em Bruxelas. A crise instalou-se no Dragão, resta saber se o treinador tem condições para dar a volta ao texto.
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1 - A contestação não larga Vítor Bruno, fruto de mais um empate que desagradou a uma massa associativa sedenta de vitórias e que, suportada em anos a fio de bons resultados e grandes conquistas nos relvados nacionais e internacionais, não sabe conviver com a derrota. No caso, foi estancada a estranha série de três desaires consecutivos, mas este empate em Bruxelas, frente ao Anderlecht, está longe de poder ser visto como um grande sucesso do FC Porto. O treinador está encostado à parede, percebe-se que a panela tem cada vez maior pressão. Resta saber se manter o discurso de que os jogadores estão a fazer tudo para dar a volta à situação é suficiente para reverter um quadro que cada mais asfixia quem comanda a equipa em campo. Vítor Bruno não foi o melhor quando ganhou seis vezes consecutivas nem será o pior agora que não venceu as últimas quatro partidas. Mas já se sabe que o estado de graça é muito mais passageiro do que os momentos de depressão. A receção ao Casa Pia, na segunda-feira, promete ser bem quente...
2 - Melhor reagiu o Braga a momentos de adversidade. Depois de cumprir a obrigação de passar pelo Leixões na Taça de Portugal, despachou o Hoffenheim na Pedreira com uma entrada a todo o gás que abriu caminho a uma vitória expressiva frente a uma equipa do meio da tabela do campeonato alemão. Carvalhal terá (re)descoberto a fórmula do sucesso, o que, em termos europeus, tem como efeito imediato o facto de o Braga posicionar-se à frente do FC Porto na tabela da Liga Europa. O quadro não é mau para as equipas nacionais nesta competição, mas pode ser bem melhor.