O Braga, apesar de ser obrigado a jogar rondas que não condizem com a sua dimensão, passeou no Algarve a caminho da primeira fase de liga da Liga Europa
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Há boas e más notícias todos os dias e, não havendo uma ordem que estipule quando alguma delas deva ser anunciada primeiro, abordemos desde já a pouco animadora derrota do Santa Clara. O quinto classificado da época passada do principal campeonato do país, cuja seleção venceu a última Liga das Nações, deixou-se surpreender em casa pelo Shamrock Rovers. O Shamrock Rovers que representa na Liga Conferência o 31.º do ranking da UEFA, no que diz respeito ao coeficiente de clubes por país. Nada está perdido, mas esmoreceu a ideia de que o sorteio fora simpático para a equipa dos Açores, que agora terá de mostrar fibra para ultrapassar a falta de experiência europeia e inverter o rumo.
No que se refere às boas notícias, o Braga foi ao Algarve jogar com uma equipa de Gibraltar para colocar os dois pés — falta mesmo só “assinar os papéis” — na fase de liga da Liga Europa. Como esperado e desejado. Ainda que este jogo abra a porta, de novo, a uma velha discussão: o que ganham equipas de federações como a de Gibraltar jogando com adversários imensamente superiores? Ou então, o que anda o Braga a fazer, obrigado e certamente contra o seu estatuto, a disputar pré-eliminatórias de uma Liga Europa que já o devia ter como residente habitual? Talvez seja um dos paradoxos do futebol moderno. Ou por que raio uma vitória na Liga da Conferência vale tanto como um triunfo na Liga dos Campeões?