Corpo do artigo
Ser persistente é uma virtude. Persistir num erro é um defeito facilmente confundido com teimosia. Seja qual for a razão que leva Martín Anselmi a insistir na atual proposta de jogo, não está a produzir o efeito desejado.
Desprovido do arrojo prometido e com níveis mínimos de intensidade, o futebol portista transmite uma falsa sensação de controlo e segurança, porque basta um passe mal medido ou um erro de cálculo na abordagem a um duelo para as fundações defensivas ruírem como um castelo de cartas. Por mais que este futebol de régua e esquadro e o discurso académico façam furor nos aspirantes a treinadores, as palavras ou as constantes promessas de crescimento nunca terão a mesma força que os resultados para determinar o destino do argentino.
Entrar para “competir”, como repete até à exaustão, não é o mesmo que entrar para ganhar, por mais que as duas até possam estar associadas. E, até agora, o que Anselmi tem para apresentar é uma percentagem de vitórias mais baixa (50%) do que a de Vítor Bruno (62%) e um conjunto de derrotas – Benfica e Inter Miami – que levantam dúvidas naturais no universo azul e branco sobre se é a pessoa certa para dar a André Villas-Boas aquilo que mais deseja em 2025/26: títulos.