Com o Sporting em vantagem na eliminatória da Taça e no campeonato, cabe ao Benfica assumir a iniciativa, desde logo para conquistar os adeptos e garantir que a Luz é um trunfo e não um obstáculo
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Roger Schmidt disse ontem que cabe ao Benfica aproveitar o estádio da Luz para fazer um grande jogo e chegar à final da Taça de Portugal. O treinador alemão tem razão. Terá mesmo de ser a equipa encarnada a garantir que o estádio será um trunfo em vez de ser um obstáculo.
A verdade é que a relação de confiança entre as bancadas da Luz e a equipa tem oscilado entre o apoio mais ou menos incondicional e a crítica mais ou menos aberta, com o treinador muitas vezes no meio desse turbilhão. Depois da derrota no jogo da primeira mão em Alvalade, e com a memória da goleada sofrida no Dragão ainda bem viva, o Benfica precisa de mostrar que é capaz de dominar um rival direto do princípio ao fim de um jogo, sem depender de eventuais superioridades numéricas para se impor definitivamente. Se o conseguir, terá o estádio do seu lado, a empurrar a equipa para o Jamor. Caso contrário, pode muito bem correr o risco de ver o feitiço virar-se contra o feiticeiro, com o nervosismo das bancadas a contagiar a equipa e a acrescentar mais um problema aos que o Sporting já promete colocar-lhe.