Joel Rocha depois da derrota: "Tenham coragem de escrever aquilo que viram"
Treinador de futsal do Benfica crítico após derrota no quarto jogo da final do campeonato.
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O Sporting venceu o Benfica por 5-3, após prolongamento, e empatou a final do play-off do título do campeonato nacional de futsal a 2-2, obrigando ao quinto e decisivo jogo. O Benfica esteve a cerca de um minuto de festejar o título nacional, quando vencia por 3-2, mas um golo de Rocha, no último minuto, empatou a partida e obrigou ao prolongamento, durante o qual os leões marcaram dois golos.
"Para o futsal em Portugal é muito bom haver quinto jogo, mas para o futsal ainda é muito melhor que quem toma decisões não se deixe condicionar pelo que é dito a quente depois dos jogos. Porque, como é hábito recorrente, aconteceu e, mais uma vez, consegue-se tirar dividendos", começou por dizer Joel Rocha, treinador do Benfica.
"Hoje fomos muito limitados na organização defensiva, estivemos mais tempo a defender do que com bola. Além das dificuldades que o Sporting foi criando, fomos sendo empurrados para perto da nossa baliza. Isso foi-nos dificultando, mas nunca nos venceu. Tenham coragem de escrever aquilo que viram. O futsal português merece mais e melhor. Que nada nem ninguém se deixe condicionar pelo que quer que seja", continuou.
"Em relação ao jogo, começámos a perder, começámos a ser empurrados para trás. No intervalo, estávamos com o equilíbrio emocional no ponto certo para ir à procura do resultado e vencer. Na segunda parte, fizemos um bom jogo do ponto de vista da organização e da objetividade. Empatámos, fazemos o 3-2 a minuto e meio do fim. Depois, no '5 para 4', numa ação em que o Rocha é muito forte, o Sporting faz o empate. Não falta nada, o Benfica está a competir perante um grande adversário, muito bem trabalhado. Nós respeitamos imenso o adversário, não sei se é assim. Nem Benfica, nem Sporting vão conseguir estar por cima os 40 minutos, é a realidade. São duas grandes equipas que têm os seus momentos. Começamos o prolongamento com cinco faltas e isso condiciona o nosso jogo, porque os nossos jogadores sentem que a qualquer toque... Uma coisa é defendermos com cinco faltas, outra coisa é defender com quatro. E como surge o 4-3? Num livre direto. Não estamos satisfeitos com o resultado. Mas nada nem ninguém nos vai retirar a ambição. Temos memória, o Benfica vai lutar por esta reconquista ao último segundo, fiel à sua identidade. Vai acabar como nós queremos, a vencer. Tenho essa convicção, não tenho essa certeza, mas tenho essa fé", rematou Joel Rocha.
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