Steve Simon, responsável do órgão, admitiu haver um regresso no próximo ano em troca do apuramento da verdade sobre a acusação feita pela tenista sobre um político chinês
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Em dezembro passado, a Associação de Ténis Feminino (WTA) suspendeu torneios na China após uma alegada agressão sexual à tenista Peng Shuai, e a decisão do órgão vai manter-se, pelo menos em 2022, enquanto não houver uma conclusão do caso.
"Continuamos dedicados a encontrar uma resolução. Queremos encontrar uma com a qual Peng, o governo chinês e nós possamos estar à vontade. Suspendemos as nossas operações até chegarmos a uma resolução", afirmou Steve Simon.
À agência Reuters, o responsável da WTA admitiu possibilidade de voltar a ter a China como palco de torneios no próximo ano em troca do apuramento da verdade acerca do eventual caso entre Peng Shuai e um alto dirigente do Estado chinês.
"Esperamos estar de volta em 2023 com a resolução que mostrará que foram feitos progressos. É uma vitória para o mundo se a conseguirmos", referiu Steve Simon, cuja organização se associou à defesa de Peng Shuai quando esta ficou desaparecida.
A tenista, em novembro de 2021, através das redes sociais, alegou que fora sexualmente agredida pelo antigo vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, mas a publicação foi, depois, eliminada e Shuai "evaporou-se" durante três semanas.
O desconhecimento do paradeiro da antiga número um mundial originou a suspensão, que se mantém, da realização de torneios femininos da WTA na China, ainda que Shuai tenha aparecido e negado as acusações sobre Gaoli.