Adriano Quintanilha deu a conhecer as entradas de José Gonçalves e Guilherme Mota e diz que "por dinheiro nenhum" deixa os dragões.
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"Ainda pensava fazer mais um ano ou dois lá fora, mas a última época foi complicada. Voltei a casa mais cedo do que esperava, mas estou satisfeito. Havia mais equipas interessadas, mas esta é a mais forte em Portugal e foi a que preferi quando recebi a proposta", disse sem hesitar José Gonçalves, barcelense de 32 anos e principal reforço da W52-FC Porto. Duas vezes campeão nacional de contrarrelógio, vencedor da Volta à Turquia e do holandês Tour ZLM, encerrou o ciclo de 10 anos nos primeiro e segundo escalões mundiais, sendo outro nome sonante para os dragões, que terão ainda Guilherme Mota, campeão nacional de sub-23 e bicampeão júnior de contrarrelógio.
"Todos os anos faço uns retoques, dando prioridade a quem tem valor. O Zé Gonçalves é um ciclista que sempre admirei, um grande valor e irá tornar-nos mais fortes. Estava no estrangeiro e, ao surgir a oportunidade, agarrei-o logo. O Guilherme é uma grande promessa do nosso ciclismo", afirmou Adriano Quintanilha, que deixou sair José Mendes e Francisco Campos, pelo que a W52-FC Porto manterá 12 corredores, tendo mais uma vaga para o caso de Raúl Alarcón regressar.
Gonçalves, rolador de excelência, poderá ajudar os trepadores dos dragões. "Um dos meus principais objetivos é ganhar o Nacional de fundo, algo que ainda não consegui. Quero ainda estar na Volta a Portugal, para ajudar os meus companheiros a ganhá-la, e se possível eu uma etapa. Venho para ajudar a equipa", atirou, lembrando que no estrangeiro "aprendi muito, com colegas e corridas de grande qualidade, já não sou o ciclista que saiu de Portugal e do Boavista".
Quanto a Guilherme Mota, de 21 anos, chega da Kelly-Oliveirense e na época passada pouco correu, devido a uma queda. "É uma grande oportunidade e estou grato por confiarem em mim, vou elevar a fasquia", disse, lembrando que "era pequeno e via alguns dos meus novos colegas a ganhar a Volta, poder estar com eles motiva-me mais, tenho de estar à altura dos seus objetivos".
"Os meus objetivos serão os da equipa e a nível pessoal gostaria de estar bem no Campeonato da Europa, que vai ser na Anadia, e voltar a ganhar o campeonato nacional de contrarrelógio, pois na última época estive lesionado, não tive oportunidades para mostrar o meu valor", explicou ainda o jovem.
Sendo uma aposta de futuro, Mota enquadra-se no projeto que Adriano Quintanilha traçou até, pelo menos, 2024. "É esse o contrato com o FC Porto e, enquanto o clube quiser estar no ciclismo, estarei com eles; quando quiserem sair, sairei também. Pelo apoio e confiança que o presidente me tem dado, confiando na minha pessoa, por dinheiro nenhum o trairia. Estou de corpo e alma com o FC Porto", garantiu o dono da W52.