Vuelta: Carapaz salva a honra, Almeida cai na geral e Nélson Oliveira sobe quase ao top-30
Carapaz cumpriu os 192,7 quilómetros entre Salobreña e a subida a Peñas Blancas, em Estepona, em 4:38.26 horas, nove segundos mais rápido do que o neerlandês Wilco Kelderman (BORA-hansgrohe), segundo, e 24 sobre o espanhol Marc Soler (UAE Emirates), terceiro
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O ciclista equatoriano Richard Carapaz (INEOS) salvou hoje a "honra" ao vencer isolado a 12.ª etapa da Volta a Espanha, na subida a Peñas Blancas, enquanto os favoritos à vitória final chegaram juntos.
Carapaz, de 29 anos, cumpriu os 192,7 quilómetros entre Salobreña e a subida a Peñas Blancas, em Estepona, em 4:38.26 horas, nove segundos mais rápido do que o neerlandês Wilco Kelderman (BORA-hansgrohe), segundo, e 24 sobre o espanhol Marc Soler (UAE Emirates), terceiro, tendo todos integrado a fuga do dia.
Nas contas da geral, Evenepoel manteve os 2.41 minutos de vantagem para o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo, e 3.03 para o espanhol Enric Mas (Movistar), terceiro, enquanto João Almeida (UAE Emirates) caiu para oitavo, já a 7.18 minutos do líder.
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Afastado da luta pela geral, e de saída da INEOS no final do ano, o campeão olímpico "ansiava" por uma oportunidade de mostrar o nível que já o tinha levado ao pódio da Vuelta, e à vitória na Volta a Itália de 2019.
Encontrou-a numa fuga "enorme", com 31 elementos, entre os quais os portugueses Nelson Oliveira (Movistar) e Ivo Oliveira (UAE Emirates), mas também nomes de "peso", como o líder da montanha, o australiano Jay Vine (Alpecin-Deceuninck), já vencedor de duas etapas, ou o neerlandês Wilco Kelderman (BORA-hansgrohe).
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Decidida que estava a discussão entre si da vitória do dia, a etapa tornou-se uma "saga" de eliminação, com ciclistas a perderem o contacto com o grupo da frente aos poucos, até que começou a seleção final na ascensão a Peñas Blancas.
O primeiro a atacar foi o francês Élie Gesbert (Arkéa Samsic), mas o mais forte foi mesmo a "Locomotiva de Carchi", que seguiu sem que ninguém o pudesse mais alcançar, nem Kelderman, que ainda assim deu um "pulo" na geral.
"Sabia que podia vencer uma etapa. Noutros anos, fui segundo, terceiro, e agora é a primeira vitória, por isso estou emocionado. Ainda há outras etapas que são muito boas, vou continuar a tentar", garantiu o primeiro equatoriano a vencer uma tirada na Vuelta.
Encontrou "as sensações esperadas", e que ainda não tinha visto desde o arranque, numa fase em que se encontra já afastado dos primeiros lugares e "relegado" na hierarquia da equipa.
Longe da frente, a aproximação à meta entre os favoritos à geral teve "sabor" português, uma vez que Nelson Oliveira, apanhado desde a fuga, impôs o ritmo durante grande parte da subida, em prol de Enric Mas, sem que uma movimentação atacante se tenha materializado, numa grande etapa do ciclista luso.
Evenepoel, que sofreu uma queda sem consequências no início da tirada, acabou mesmo por ser o mais forte, outra vez, entre os homens da geral, cortando a meta à frente dos outros ciclistas de pódio e distanciando todos os outros.
João Almeida foi um dos ciclistas penalizados, ao cair duas posições, fruto da ascensão do colombiano Miguel Ángel López (Astana) e do "pulo" de Kelderman.
Nelson Oliveira subiu ao 33.º posto da geral, enquanto Ivo Oliveira é agora 141.º na tabela.
Na sexta-feira, o pelotão enfrenta 168,4 quilómetros entre Ronda e Montilla, num dia sem qualquer montanha categorizada.