84.ª Volta a Portugal inicia-se esta quarta-feira, em Viseu, partindo a Glassdrive-Q8 tão à frente que talvez possa escolher o vencedor.
Corpo do artigo
Com a expectativa de poder ser conquistada por um português, no caso Frederico Figueiredo (Glassdrive-Q8), a 84.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta inicia-se esta quarta-feira, com prólogo em Viseu.
Serão os primeiros 3,6 de 1600,5 quilómetros a serem percorridos até dia 20, quando o pelotão chegar ao alto de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Num ano marcado pelo regresso ao Algarve, a maior novidade da "Grandíssima" é a de alargar a fase destinada a sprinters, que vai até domingo.
Os primeiros quatro dias são também uma oportunidade para as formações estrangeiras brilharem, pois, a partir daí começa a discussão pela geral, entre as formações nacionais. A camisola amarela vai decidir-se nos sítios tradicionais (Torre, Guarda, Serra do Larouco e Senhora da Graça) e, caso o melhor trepador faça a diferença, esse deverá ser Frederico Figueiredo, a primeira aposta da Glassdrive-Q8 para ganhar a Volta. Se o feirense nascido em Lisboa não ganhar um a dois minutos à concorrência, o uruguaio Mauricio Moreira, vencedor da edição passada com a grande ajuda de "Fred", será a outra solução na equipa de Águeda, que ainda tem alternativas no russo Artem Nych e no australiano James Whelan, os seus reforços deste ano.
Se a Glassdrive-Q8 deverá exibir a força com que já tem dominado a época, a dúvida é saber se a Efapel Cycling, na segunda participação, vai oferecer maior réplica à rival. Tiago Antunes, um todo-o-terreno que esteve mais resguardado ao longo do ano, e Joaquim Silva, a fazer uma grande época (nono no Gran Camiño, oitavo nas Astúrias, segundo no GP O JOGO e terceiro no GP Douro), são evidentes candidatos ao pódio.
Já as esperanças da ABTF Betão-Feirense recaem em António Carvalho, terceiro da Volta"2022, mas que vem de lesão e operação, e Afonso Eulálio, revelação da época, depois de ter sido dos grandes trabalhadores da Glassdrive há um ano. Luís Fernandes (RP-Boavista), Vicente Garcia de Mateos (Aviludo-Louletano), Délio Fernández (AP Hotels-Tavira) e Luís Gomes (Kelly-Simoldes) também têm ambições à geral, mas, face ao poderio da Glassdrive-Q8, um lugar no pódio será a meta.
Bonificações devem baralhar pouco
Utilizadas pela última vez em 2017, as bonificações em tempo foram recuperadas para todas as etapas em linha desta Volta (três, dois e um segundo para os três primeiros nas metas volantes; dez, seis e quatro segundos para o top-3 da etapa), com o objetivo de tornar o evento mais aberto. A novidade deverá ditar a camisola amarela até à etapa da Torre, mas depois disso só será importante se a vitória final acabar por ser decidida ao segundo.
16830801