O JOGO recorreu aos números para ilustrar o patamar a que chegou a rivalidade dentro do histórico Big-3, que dura desde 2005. Conclusão: é difícil perceber qual deles realmente se destaca.
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Roger Federer completou 40 anos em agosto, Rafael Nadal tem 35 e Novak Djokovic 34. Foram estes trintões a erguer uma muralha - temporariamente furada por Andy Murray - que arrasa toda e qualquer ameaça a um domínio exercido há 18 temporadas.
Eles batem recordes e fazem esquecer os tempos gloriosos das raquetes de madeira, ao ponto de Rod Laver ser mais recordado por dar nome à Arena do Open da Austrália do que por ser o único a vencer as quatro etapas do Grand Slam (GS) na mesma época.
A corrida do suíço, do sérvio e do espanhol ao título de melhor de todos os tempos (GOAT) está na reta final, sendo pouco provável que em 2024 (Jogos em Paris), a rivalidade se mantenha ativa. Djokovic é o mais novo e assistiu no sofá à entrega a Nadal do 21.º título do GS, mas, com ou sem vacina, pode aspirar a encostar-se de novo em Roland Garros e/ou em Wimbledon, se bem que a terra batida de Paris seja o quintal do maiorquino e a relva do All England Club o jardim do helvético.
O JOGO selecionou alguns critérios para estudar de forma mais profunda o debate do GOAT, concluindo que Djokovic é o melhor em cinco e Nadal e Federer em dois cada, estando o sérvio e o espanhol tecnicamente empatados na percentagem de encontros ganhos. Se o mais importante é o legado deixado pelos três atletas, cujo carisma é difícil de medir, os números mostram que, enquanto Nadal é o mais laureado no Grand Slam e o único com o ouro olímpico, Djokovic afirma-se nos frente a frente - bate Rafa (30-28) e Roger (27-23) -, detém mais semanas como número um, fecha nessa condição mais épocas (sete, contra cinco dos rivais) e ganhou mais Masters (37) e mais dinheiro em court. Sobram os recordes de torneios conquistados e de títulos nas ATP Finals, por parte de Federer.
Se cada um impressiona à sua maneira, faltam novos e derradeiros capítulos da sequela do trio, estando os adeptos a cruzar os dedos para que Federer regresse o mais rápido possível.