Tribunal dita indemnização de 353 milhões de dólares em morte por atropelamento
Campeã norte-americana de veteranos faleceu em 2021, ao ser atropelada quando treinava, e o condutor, que estava drogado, já tinha sido condenado a oito anos de prisão
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A família de Gwen Inglis, ciclista norte-americana morta por atropelamento a 16 de maio do ano passado, terá de ser indemnizada em 353 milhões de dólares (335 milhões de euros) pelo condutor, que já tinha sido condenado a oito anos de prisão, por estar sob o efeito de drogas no momento do acidente. O júri do tribunal de Jefferson County, no Colorado, explicou que dessa soma, sem precedentes no atropelamento de ciclistas, 250 milhões de dólares são "danos punitivos", funcionando como um aviso para os automobilistas.
Gwen Inglis tinha 46 anos, ainda competia pela Black Swift/Cycleton e era a campeã americana de mais de 45 anos. Estava a treinar com o marido em Lakewood, nos arredores de Denver, quando foi atropelada pelo veículo de Ryan Montoya, que conduzia drogado. Como já tinha sido condenado em 2014 e ainda multado dez dias antes pelo mesmo motivo, foi detido de imediato.
Nos EUA havia uma média anual de mil mortos e 130 mil feridos em acidentes com bicicletas, números que aumentaram com a pandemia - em 2020 as fatalidades subiram a 1260 ciclistas.