Possíveis riscos de infeções a partir de bactérias continuam a preocupar os atletas que irão nadar no rio Sena durante os Jogos Olímpicos Paris'2024
Corpo do artigo
Numa altura em que os níveis bacterianos do rio Sena continuam a ser alvo de testes por parte da organização dos Jogos Paris’2024, dois campeões olímpicos britânicos assumiram que o tema lhes provoca preocupação, revelando os produtos que usam para se proteger contra possíveis infeções, entre os quais elixires de limpeza bocal, medicamentos anti náuseas e uma lata de... Coca-Cola.
Georgia Taylor-Brown and Alex Yee, dupla de triatlo medalhada com prata nos Jogos Tóquio’2020, disputados em 2021, falaram esta quarta-feira ao tabloide The Sun sobre a forma como tentam ignorar as preocupações sanitárias por estarem habituados a nadar em águas com elevados níveis de poluição.
“Ninguém quer ficar doente, mas estamos habituados a nadar em águias de qualidade péssima. Já vimos pessoas a ficarem doentes depois de corridas. Mesmo em Tóquio, depois das corridas os médicos lavaram-nos com uma solução rosa que é usada nos hospitais, para conseguirem retirar logo tudo de imediato. Mas aqui é uma questão de limpeza e hidratação”, começou por explicar Taylor-Brown.
“Isso significa usarmos Pepto-Bismol, um medicamente anti náuseas, para preparamos o estômago antes e depois das corridas, ao mesmo tempo em que tomamos probióticos. Depois usamos elixires de limpeza bocal e bebemos uma Coca-Cola. É quase como uma lenda antiga, mas se puseres uma moeda dentro de uma lata de Coca-Cola, ela fica limpa, por isso talvez seja bom para o teu estômago, ainda que não seja bom para a tua saúde às vezes. Infelizmente, é algo a que nos tivemos de habituar. Às vezes chegámos a nadar com barcos a passar ao lado e podíamos ver o óleo à nossa frente”, completou.
“Tive muita sorte em nunca ter ficado doente depois de uma corrida por causa da má qualidade da águia, mas a sua limpeza é algo de que precisamos neste desporto. Enquanto atletas, precisamos de confiar a 100 por cento nas condições que nos são dadas. O mais importante é sabermos que eles estão a tentar fazer a diferença ao limparem as águas, mas não temos outra opção senão seguirmos em frente”, acrescentou Yee.