Thales já se habituou ao Natal português: "Este ano vamos voltar a comer bacalhau"
O fixo Thales chegou na última temporada ao Minho, mas já se assumiu como uma das figuras da equipa, com 14 remates certeiros. O desejo do melhor marcador da Liga Placard é continuar a faturar e os golos são sempre dedicados à família, onde está a sua "força". O bom momento contribuiu para aumentar a "confiança"
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No topo da lista de melhores marcadores, Thales Feitosa tem sido um dos destaques da Liga Placard. O fixo do Candoso já soma 14 golos esta temporada, os mesmos de Chiskala (Benfica) e Fábio Cecílio (Braga). A pontaria tem estado afinada, mas o segredo deste sucesso está guardado a sete chaves.
"Não posso contar o segredo, senão vou parar de marcar", atirou, rindo. "A minha principal característica é o remate e é uma coisa que procuro fazer sempre. Gosto de analisar as defesas para perceber onde é que a bola pode passar. Acredito que é por isso que as coisas têm corrido bem. É claro que com os golos o nível de confiança também está muito alto", contou o jogador de 33 anos.
De todos os golos marcados, o mais especial "será sempre "o próximo", responde Thales, que tem sempre pedidos especiais antes dos jogos. "Dedico sempre os meus golos à minha família. Quando saio de casa para os jogos, a minha esposa abraça-me, deseja-me um bom jogo e pede-me golos. Os meus filhos fazem exatamente o mesmo e ainda dizem quantos querem. Eles são a minha maior inspiração, é na família que está a minha força", expôs.
Esta época, frente ao Sporting, fez dois remates certeiros, na derrota por 3-2. No entanto, e apesar de saber da visibilidade que esses jogos trazem, o fixo sentiu que esses golos não foram importantes porque a equipa acabou derrotada.
"Quando se joga contra o Sporting, ou até mesmo contra o Benfica, acredito que o mundo inteiro acompanhe e, por isso mesmo, a visibilidade é maior. Se analisarmos pelo nível de importância, foram dois golos inúteis porque acabamos por perder. Mas o importante é marcar, seja contra quem for. É a alegria do futsal", partilhou Thales, revelando ainda que no início da temporada "não tinha como objetivo ser o melhor marcador".
Natal em Portugal e com bacalhau
Longe do Brasil, devido aos compromissos com o clube, Thales vai passar o Natal em Portugal com a esposa e os filhos, mas longe da restante família. A saudade é incontornável, mas a cultura portuguesa já foi adotada e amanhã será dia do típico bacalhau.
"Já estou há nove temporadas fora do Brasil, dessas nove só passei um Natal no Brasil. Acabamos por nos habituar. Temos de aproveitar da melhor maneira, mesmo que as pessoas que amamos estejam longe. O ano passado já comemos bacalhau e este ano vamos voltar a comer. Gostamos muito", contou o fixo, consciente do que implica ser jogador de futsal.
"Saí de casa com 14 anos para jogar futsal, a partir desse momento já tinha conhecimento de que passaria por isto. A verdade é que de todos os países em que já joguei, Portugal foi o melhor em tudo... não tenho nada a apontar. Tive a sorte de vir para um clube muito generoso", elogiou.