Jorge Paulo Pereira, diretor da 3 Iron Sports, é um dos responsáveis pela chegada maior marca de eventos de triatlo ao país. E sublinha que o sonho pode não ficar por aqui
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Depois de duas edições do Cascais Triathlon, em 2015 e 2016, no próximo ano a prova muda de nome a passa a realizar-se sob a marca do Ironman, mas ainda em versão 70.3, ou seja, na distância Half, com 1900 metros de natação, 90 quilómetros de ciclismo e 21 quilómetros de corrida. "Fiz um Ironman em 2010 e achei que Portugal tinha um palco excelente para receber aquela marca. Desde há seis anos que sonhava em trazer a marca. Em 2011 criei a empresa e iniciei os contactos e começámos o projeto em conjunto com a Câmara Municipal de Cascais", sublinha Jorge Paulo Pereira, diretor da prova de Cascais e da 3 Iron Sports.
Numa primeira fase o triatlo realizou-se no Estoril, na distância olímpica e integrada no campeonato nacional, mas em 2015 deu-se o passo decisivo. Passámos para Cascais, aumentámos a distância e tivemos dois anos de teste, para vermos se o evento se encaixava em Cascais, tanto em termos de percursos, como de logística na vila. Mantivemos a qualidade e, entretanto, fechámos o negócio com a Ironman".
Quando arrancou com o Cascais Triathlon, o diretor da prova "prometeu" 300 triatletas à CM Cascais, mas teve 800. Em 2016 esse número subiu para os 1300 e com a chegada do Ironman os inscritos vão aumentar ainda mais, o que obriga a mudanças a nível de logística. "Podemos ter mais de 2000 inscritos e por isso tivemos de mudar o parque de transição da baía para a zona da marina, onde temos mais capacidade. Tivemos ainda de estender o percurso. A natação mantém-se na baía de Cascais, mas o ciclismo terá apenas uma volta de 90 quilómetros, passando pelos concelhos de Oeiras e Sintra. Vamos andar no autódromo do Estoril e na Serra de Sintra. A corrida mantém-se em duas voltas pelo paredão e na Avenida Marginal." A marca internacional traz também o aumento de triatletas estrangeiros em Cascais. "Em 2015 tivemos 8%, este ano chegámos aos 20%. Em 2017 pensamos que esse número pode ir até aos 70%", lembra Jorge Pereira que destaca que, apesar do aumento dos preços, a prova se mantém mais barata que a maioria das equivalentes. "Temos triatlos Ironman a 300 ou 400 dólares. Nós vamos estar mais baratos que a maioria delas."
Com as inscrições a abrirem já a 9 de outubro, Jorge Paulo Pereira sublinha que é detentor da licença para várias distâncias Ironman e que a hipótese da prova subir de distância em breve é bem real. "Passar para Full Ironman está em cima da mesa. Para já apostamos no que temos e em Cascais, que foi quem nos abriu a porta, mas no futuro tudo é possível."
Piloto de TAP e amante do triatlo, o diretor da 3 Iron Sports sublinha que foi a qualidade da organização que motivou a aposta da marca em Portugal. "Marcámos a diferença no mercado nacional. A escolha nada tem a ver com as condições económicas do país, mas sim com a estrutura organizativa que levaram a marca a escolher-nos. Há anos que é eventos Ironman em Espanha, mas a Portugal não chegava. Cascais foi a primeira escolha da marca, escolheu a melhor organização e nós escolhemos a melhor marca.", refere Jorge Paulo Pereira que estima que uma evento deste género mobilize perto de um milhar de elementos para a organização.