"Temos razões para achar que nos podemos bater com as melhores equipas europeias ou mundiais"

Mário Gomes
EPA
Declarações em conferência de imprensa após o jogo Portugal-Grécia (68-76), da segunda jornada do Grupo B da primeira fase de qualificação para o Mundial de basquetebol, disputado este domingo Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos
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Mário Gomes (selecionador de Portugal): "Eu disse aos jogadores pela manhã que não tínhamos obrigação alguma de ganhar à Grécia, apenas a obrigação de dar o nosso máximo e de tentar ganhar. E nós fizemo-lo, apesar do grau de dificuldade do jogo. Não tenho nada a apontar aos jogadores, até porque todos temos razões para achar que nos podemos bater com as melhores equipas europeias ou mundiais e que, num bom dia, até lhes poderemos ganhar. Não faltou atitude ou vontade de ganhar, pelo contrário. Por alguma razão a Grécia mudou três jogadores do último jogo, sinal do respeito que esta seleção já conquistou.
Só tivemos um treino entre o jogo de quinta-feira e o de hoje, o que não nos permitiu preparar melhor o lado defensivo, sendo a partir dessas nossas falhas, em especial nas defesas aos bloqueios da bola, que ele nos castigaram, incluindo com triplos. Na segunda parte, faltou capacidade para jogar mais coletivamente, em função do aumento da agressividade defensiva dos gregos. Isso retirou-nos a possibilidade de fazer chegar a bola em melhores condições, para termos melhores lançamentos, apesar de termos tentado simplificar os processos. Claro que há sempre coisas que podemos melhorar e hoje a Grécia castigou-nos em todas as nossas falhas, algumas das quais queremos e podemos evitar, mas também houve mérito deles, simplesmente uma equipa do topo europeu e mundial.
Os objetivos que temos traçados passam por passar à segunda fase de apuramento e obter o maior número de vitórias possíveis, porque isso conta para a fase a seguir. Estamos na luta".
Rafael Lisboa (internacional português): "Acho que fizemos um bom jogo, como sempre com grande caráter, mas no final foram os detalhes que marcaram a diferença. Não ganhámos por detalhes, reconhecendo que o jogo ficou muito físico na segunda parte, muito por força do aumento da agressividade dos gregos, que conseguiram alguns lançamentos livres no fim e ganhar o jogo".

