Tatuador nas horas vagas, Rufus brilha no Futsal Azeméis: "Escolhi a posição dos malucos"
Rufus, guarda-redes de 22 anos, é um dos jovens a ter em conta nesta edição da Liga Placard e garante que, apesar das dificuldades, a equipa do Futsal Azeméis não vai virar a cara à luta
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No cartão de cidadão, André Ricardo Pereira da Costa. Na quadra, Rufus. O vizelense é tatuador nas horas vagas e conta a O JOGO que o grande desejo é ser futsalista profissional .
O JOGO viajou até Oliveira de Azeméis, mais concretamente à quadra do Pavilhão Municipal Prof. António Costeira. Ali mora a equipa do Futsal Azeméis e, por consequência, um jovem guarda-redes que está a dar os primeiros passos na elite do futsal português: Rufus. Existe um certo mito urbano em relação aos guarda-redes, pois é frequente ouvir-se dizer que um bom guardião tem de ter uma certa dose de "maluqueira". Rufus concordou e reforçou que é uma posição onde é preciso ter intrepidez. "Quando fui treinar pela primeira vez à AD Jorge Antunes, escolhi logo a baliza, a posição dos malucos. Não tinha jeito nenhum, mas foi algo que me chamou e que tive de trabalhar. Um guarda-redes não pode ter medo de nada, e eu não tenho", comenta.
A vida do guarda-redes de 22 anos construiu-se quase toda em Vizela, até ao início desta época, quando assinou pelo Futsal Azeméis. Rufus deu o salto do campeonato distrital de Braga para a Liga Placard, uma ascensão "merecida", considera. "Acaba por ser um prémio pelo meu trabalho e pela minha dedicação ao longo da minha carreira. Já tinha trabalhado com o míster André e ele reconheceu o meu talento e esforço. Quando os nossos caminhos se desuniram, ele prometeu que iríamos voltar a trabalhar juntos, todavia, nunca pensei que fosse na elite do futsal português", revela o guardião.
O Futsal Azeméis não tem realizado uma temporada favorável e ocupa o último lugar da Liga Placard, ainda sem pontuar. Rufus destapa o véu acerca do momento do clube, contudo deixa uma garantia. "Temos um plantel muito inexperiente e estamos no escalão máximo do futsal português e numa das melhores ligas do mundo. Qualquer desatenção ou erro pode ser decisivo. É sempre difícil trabalhar com derrotas, mas não vamos cair e estamos prontos para ir à luta e agarrar o nosso momento feliz", assume o promissor.
"Já cumpri um sonho"
Sempre com os pés assentes na terra e a trabalhar diariamente em prol da vontade de querer subir todos os degraus da escadaria, Rufus é um nome que promete ser falado ao longo dos próximos anos quando o tema envolver as balizas das quadras por esse país fora. Em relação ao futuro, o jovem revela que prefere ir devagar, porém, revela a O JOGO que já concretizou o grande sonho de disputar a Liga Placard. "É a minha primeira época na Liga Placard e, por tudo o que vivenciei e vivencio, digo que é a melhor do mundo. Realizei um grande sonho de menino e agora quero ficar por aqui. O próximo passo é ser profissional de futsal", assume o promissor.
E ídolos? O guardião mencionou alguns nomes que acalentam o seu caminho no futsal. "Tenho três modelos que procuro seguir. O primeiro é o Vasco Ribeiro. Estive com ele na AD Jorge Antunes e é um atleta que admiro imenso. Também gosto muito do Vítor Hugo, que já está fora da quadra, e claro, o João Benedito, um dos grandes guarda-redes portugueses de todos os tempos. Cresci a ver este monstro nas balizas e foi uma estrela", conclui Rufus.
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