Entre o brilho no futsal e um lamento: "O ser humano parece que não evolui"
Nicolas Tomé, fixo de 27 anos, está em destaque na Liga Placard e tem ajudado o Ferreira do Zêzere a protagonizar uma grande temporada. Contabiliza dez golos em 12 jogos.
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O tema era futsal e o sorriso era audível em cada palavra, numa alegria representativa de quem está de bem com a vida. E, de facto, o que não faltam a Nicolas Tomé são motivos para sorrir. O fixo de 27 anos está em alta e é peça essencial na admirável campanha do recém-promovido Ferreira do Zêzere, que ocupa o sétimo lugar da Liga Placard.
"Está a ser uma temporada incrível. Posso confidenciar que já fizemos mais pontos do que o esperado. É tudo fruto do nosso trabalho árduo e da atitude na quadra. Queremos alcançar a manutenção o mais rápido possível e depois, quiçá, podemos pensar em chegar aos play-off", assume o brasileiro.
Nicolas soma dez golos em 12 jogos ao serviço do Ferreira do Zêzere e O JOGO quis saber qual o segredo para tamanha eficácia enquanto fixo. Prontamente, deixou uma garantia e frisou que esta é uma das melhores épocas da carreira. "A equipa ajuda muito e quando assim é torna-se tudo mais fácil. Sinceramente, não sou muito de fazer golos, mas este é o melhor momento da minha carreira. Sinto-me confiante e motivado e as coisas estão a sair bem. Quero fazer mais golos, pois é sinal que a equipa está mais perto da vitória", diz.
O jogador de 27 anos só pensa em progredir na carreira e ser o melhor profissional possível, de maneira a poder dar uma mão à família. "Só tenho olhos para o futsal, logo espero jogar por muito tempo. Neste momento, ambiciono ajudar a minha mãe e o meu irmão, que estão no Brasil. As saudades são mesmo muitas. Espero, um dia, tê-los cá e ser feliz com eles ao meu lado", conta o atleta brasileiro do Ferreira do Zêzere.
O planeta vai no rumo errado
Com um pé em 2023, Nicolas revela a O JOGO os desejos que tem para o novo ano. "Quero que tudo volte ao normal. O ser humano parece que não evolui e o planeta está cada vez mais desgastado. Estamos em guerra, existem sequelas da pandemia e parece que nada está a avançar. Temos de olhar mais uns pelos outros e tentar que tudo volte ao que era. Será difícil, mas temos que acreditar que é possível", remata.