
Karim Braire torturou a sua mulher e gabou-se de feitos em ondas gigantes que o meio do surf se encarregou de desmentir. Escreveu um livro que deu origem a um filme
O surfista francês Karim Braire foi condenado a 15 anos de prisão por violação, tortura e barbárie contra a sua companheira e por violência com arma (um cabo elétrico) contra os seus três filhos. Os fatos ocorreram de 2016 a 2022 no País Basco e em Marrocos.
Terá de cumprir, pelo menos, dois terços da pena e foi inscrito no registo de autores de delitos sexuais. Encontra-se em prisão preventiva desde 2022 e segundo relatos, sorriu várias vezes ao ouvir a sentença do tribunal.
Segundo o relato da ex-companheira, foi sequestrada na cave da casa, em Marrocos, sem ventilação e sem água durante uma semana, e espancada todas as noites com um cabo elétrico. Conseguiu fugir com os filhos para França numa altura em que Karim Braire se ausentou da casa.
Karim Braire gabou-se de feitos desportivos questionáveis e escreveu um livro (Zarma Sunset), que deu origem a um filme (La Source). Dizia ser surfista de ondas gigantes. O mediatismo gerado pelo livro e o filme levaram a que o meio do surf desmentisse os seus alegados feitos e houve surfistas que disseram ter recebido ameaças de Karim Braire, após o desmascararem.

