A tendência tem-se acentuado nos últimos anos: como maior companhia de wrestling a nível global, a WWE procura "secar" a concorrência e as contratações de grandes nomes das "indies" passaram a integrar definitivamente a estratégia da empresa.
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O ano de 2019 adivinha-se quente no que toca ao mercado de transferências do mundo do wrestling. 2018 foi (está a ser) a confirmação de uma tendência estratégica desenvolvida pela WWE: "secar" a concorrência. Não têm sido raros os talentos que trocam as "indies" (companhias menos mediáticas e, consequentemente, com menor grau de exposição) pelas luzes da ribalta da maior empresa da modalidade e pela promessa de uma remuneração mais avantajada. Adam Cole, Ricochet, Keith Lee e Matt Riddle são alguns dos maiores exemplos deste "êxodo" que marca o panorama atual do wrestling e, no futuro próximo, outros grandes nomes poderão seguir-lhes os passos.
O destaque vai, desde logo, para Kenny Omega. Nome maior da New Japan Pro Wrestling (NJPW), que, como o nome indica, opera no Japão, o canadiano de 35 anos prepara-se para dar o salto para o estrelato. O interesse da WWE na sua contratação é um rumor com largos meses de existência e a insistência do próprio em interagir nas redes sociais e "arquitetar" combates de sonho com estrelas da companhia de Stamford (ver abaixo) não rema no sentido oposto. As declarações mais recentes, em que explica a razão pela qual ainda não rumou à WWE, não parecem ser capazes de calar a expectativa dos fãs e a noção de que, mais cedo ou mais tarde, Kenny Omega vai mudar de ares.
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Associados a Omega surgem outros nomes de relevo das "indies": são os casos da equipa Young Bucks, formada por Matt e Nick Jackson, e que poderia provar-se como um interessante reforço para a divisão Tag Team da WWE (ver vídeo abaixo), necessitada de uma revolução a curto prazo. Contudo, o futuro dos irmãos parece umbilicalmente ligado ao de Cody Rhodes, uma vez que pode estar na forja a criação de uma nova companhia de wrestling, com o trio como fundador.
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Mas nem só dos membros da fação "The Elite" se faz o mercado da luta livre. Há outros nomes a ter em conta, como o peso-pesado WALTER, austríaco e campeão mundial da Progress Wrestling, ou dos "luchadores" Pentagón e Fenix (fotografia abaixo), que terminam contrato com o programa Lucha Underground no final da quarta temporada do mesmo.
Outra das prioridades da WWE prende-se com as renovações de contrato: depois de "amarrar" Kevin Owens (a recuperar de lesão) até 2023, surge agora o caso de AJ Styles, até há bem pouco tempo campeão no Smackdown. De acordo com diversos sites especializados, o vínculo entre as partes é válido até 2019 e o principal termo da renegociação está em cima da mesa: a redução da carga horária (eventos sem transmissão televisiva passariam a ser escassos na agenda de Styles), uma vez que o lutador natural de Camp Lejeune tem 41 anos e pretende passar mais tempo com a família.
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Assim sendo, 2019 tem tudo para ser um ano chave no mercado do wrestling mundial. A WWE continua sem problemas financeiros e será de todo natural que a estratégia de "dinamitar" a concorrência não mude nos próximos tempos. As preocupações dos fãs mantêm-se, uma vez que temem ver os talentos que acompanham nas "indies" bloqueados por más decisões de escrita criativa, mas, como em tantos outros desportos, o peso dos dólares deverá falar mais alto.