Super Bowl New England Patriots e Los Angeles Rams defrontam-se este domingo, na final, 17 anos depois
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A 53.ª edição do Super Bowl leva, este domingo [a partir das 23h30, em Portugal], ao Mercedes-Benz Stadium de Atlanta (Georgia) os Los Angeles Rams, um das mais antigas equipas da NFL (1936), e os New England Patriots, que estão entre os mais vitoriosos (cinco títulos).
No segundo estádio mais caro do mundo, que custou 1,5 mil milhões de dólares, os Patriots jogam o terceiro Super Bowl consecutivo, tentando igualar os Pittsburgh Steelers, os mais titulados da NFL (6), num embate frente aos Rams, os quais regressam a uma cidade onde conquistaram o seu único título: em 2000, venceram os Tennessee Titans por 23-16, jogando no antigo Georgia Dome.
Os Patriots têm cinco títulos e oito finais, uma delas em 2018, na qual perderam para os Eagles
Há, precisamente, 17 anos, Patriots e Rams (estes, na altura, sedidados em St. Louis) discutiram o Super Bowl, no Louisiana Superdome de New Orleans, que valeu o primeiro triunfo da equipa de Bill Belichick, mítico técnico de 66 anos, considerado o grande mestre da tática: ele é o terceiro treinador com mais vitórias de todos os tempos na temporada regular (251) e o primeiro nos play-offs (28). Com ele à frente dos Patriots desde 2000, a equipa da região de Boston venceu cinco vezes (2002, 2004, 2005, 2015 e 2017), somando oito finais (igualam Steelers e Cowboys). Fundado em 1959, o emblema que começou por se chamar Boston Patriots passou por um longo período de insucesso para o qual contribuiu o facto de não ter estádio fixo. Depois de ser detido por diferentes patrões, foi com a chegada de Robert Kraft que tudo mudou. Com o dono do Kraft Group, holding que opera na área do papel, embalagens, desporto, entretenimento, imobiliário e fundos de investimento, os Patriots ganharam casa própria, a 35 km de Boston, em New England, a terra que lhes dá o atual nome, e passaram a ser uma referência: entre muitos registos, os Patriots tornaram-se na única equipa a vencer três Super Bowls em quatro anos, tendo, em 2017, operado a maior reviravolta de sempre frente aos Atlanta Falcons (após o primeiro prolongamento de sempre e depois de terem estado a perder por 25 pontos).
Esta é a terceira final em Atlanta, a primeira no Mercedes-Benz Stadium, onde o recorde de espectadores é de 77 430 e foi fixado em 2018, no play-off de College Football
Os Rams, atualmente detidos por Stan Kroenke, também patrão do londrino Arsenal e dos Denver Nuggets (NBA), foram a primeira equipa a mudar de cidade, prática bastante difundida hoje em dia. Começaram por se estabelecer em Cleveland (Ohio), mudando depois para Los Angeles, mais tarde para St. Louis (Missouri), e regressando a Los Angeles, em 2016, para jogarem, de novo, no Memorial Coliseum, estando prevista a mudança para o LA Stadium em 2020. Na era anterior à Super Bowl, conquistaram dois títulos (1945 e 1951) e o seu período mais negro aconteceu entre 2005 e 2016, tendo estado afastados dos play-off.
Frente ao estratega Bill Belichick estará Sean McVay, que aos 32 anos é o técnico mais jovem a comandar uma equipa no Super Bowl. A McVay chamam "mente ofensiva" e a Belichick "genialidade defensiva".
Maroon 5 "apanhados" pelo caso de Colin Kaepernick
Os Maroon 5, banda que fará o intervalo do Super Bowl, cancelaram a habitual conferência de Imprensa, ao que parece pressionados pelos fãs, devido a uma polémica envolvendo a NFL e o jogador Colin Kaepernick. Após uma onda de protestos contra a desigualdade racial, o jogador ajoelhou-se durante o hino nacional e desde então não encontrou posição em nenhuma equipa. A NFL informou, entretanto, que "os artistas decidiram deixar que o espetáculo falasse por si mesmo".