Pirica, ala de 32 anos, veste a camisola do emblema de Guimarães Candoso/Natcal há oito temporadas e chegou ao "clube do coração" quando este ainda disputava as provas distritais
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Esta é uma história de amor a dobrar. A uma cidade e a um clube: César Almeida Abreu, mais conhecido por Pirica no futsal, nasceu em Guimarães e o Candoso corre-lhe nas veias. O ala, de 32 anos, veste de amarelo e azul há oito épocas e acompanhou todo o trajeto, desde os campeonatos distritais até à Liga Placard. "Tudo começou com um grupo de amigos e depressa crescemos. É muito bom ver que o Candoso está a desenvolver-se e que fiz parte da história. Somos todos uma família, e quando se trabalha com pessoas humildes e sérias, torna-se tudo muito mais fácil. É isso que me dá alento para continuar e ver este projeto valorizado", diz a O JOGO o vimaranense, que concilia o trabalho (comercial numa empresa) com o futsal.
O vimaranense, capitão da formação do Candoso, dá conta de uma temporada "difícil", porém, garante a O JOGO que o grupo "não vai virar a cara à luta." O objetivo é manter o clube na Liga Placard.
A formação liderada por Henrique Passos ocupa a 10.ª posição da tabela classificativa e tem-se mostrado aquém das expectativas. Para o capitão, o principal fator para este trajeto irregular é a instabilidade exibicional e as recorrentes contrariedades com jogadores. "Sabíamos que ia ser uma temporada difícil. O grau de exigência desta prova é muito alto e temos de acompanhar. Temos tido altos e baixos e alguns jogadores lesionados, mas sabemos que podemos fazer muito melhor e não vamos virar a cara à luta. Reforçámos o plantel e queremos aproximar-nos dos lugares de play-off para fugir da zona perigosa", afirma Pirica, que soma três golos em 14 jogos.
O futuro logo se vê. Esse é o mantra do ala de 32 anos, que prefere deixar tudo acontecer naturalmente, sem planos definidos. "Gosto de ir época a época. Comprometi-me e estou focado em manter o Candoso na Liga Placard. Depois, no final, coloco tudo na balança e tomo uma decisão. No futuro, gostava de continuar ligado ao futsal e ao clube, porém, a família fala mais alto", remata o experiente ala.
Ala do Candoso assume admiração pelo Sporting, "uma das melhores equipas do mundo"
A competição é dura, os adversários são fortes e a qualidade tem aumentado. Pirica admite a O JOGO que é adepto da intensidade e do futsal do Sporting e destaca alguns nomes. "Gosto de jogadores e equipas intensas; por isso, gosto muito de ver o Sporting: é uma das melhores equipas do mundo. Jogadores como Merlim, Pany Varela e Erick Mendonça fazem-nos querer evoluir, são muito fortes na quadra. Mas, aqui, no Candoso, não posso deixar de mencionar o Cristiano, pois é um colega que me cativa e que me tem acompanhado durante a carreira", diz.
Há cada vez mais competitividade nas quadras portuguesas e exigência é a palavra de ordem do ala português. "Está a ser feito um grande trabalho. A exigência está no máximo e todos os clubes são profissionais e têm melhorado significativamente. Ou melhor, quase todos, porque nós não somos. Está tudo a crescer e isso também se reflete na Seleção Nacional. Antes, era impensável existirem escalões jovens e agora temos formação masculina e feminina. É bom ver e viver esta evolução no nosso futsal", conclui o futsalista do Candoso.
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