Boticas destaca-se no futsal feminino: "Feliz de estar numa equipa onde está a minha filha"
Num feito inédito, o futsal feminino dos transmontanos vai defrontar o Tebosa nos oitavos-de-final da Taça de Portugal
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Em Boticas vivem-se tempos de festa com a passagem inédita da equipa de futsal feminino aos oitavos de final da Taça de Portugal. O confronto será duro e irá opor uma formação do campeonato interdistrital frente ao Tebosa, emblema da segunda divisão e a lutar pela promoção. A O JOGO, Paulo Aleixo, presidente do clube e técnico da equipa de futsal feminino, é perentório a responder. "Vamos sem pressão alguma, porque a pressão tem que estar do outro lado. Iremos para competir e tentar ganhar o jogo, sabendo, de antemão, que será uma missão difícil", comenta.
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Longe vão os tempos em que a equipa sénior de masculinos competia na primeira divisão de futsal, uma vez que, por motivos financeiros, o clube teve de reestruturar os objetivos. Agora, com uma nova identidade, a missão passa pela aposta na formação. "A grande maioria das nossas atletas [que integram o plantel principal] são do escalão de sub-17", refere, reforçando que as mais jovens são "o motor da equipa sénior". Reflexo desse trabalho são as sub-19, a competir no campeonato nacional. "O nosso objetivo é fazer um grande campeonato de sub-19 e chegar à final four", avança, explicando que a estratégia passa por "subir aos nacionais em seniores com base na formação".
Outrora na elite do futsal em masculinos, o Boticas voltou a aposta para as camadas jovens. Os frutos começam a ser colhidos, sendo que Margarida Mota, de 16 anos, é internacional pela seleção de sub-17
Margarida Mota, de 16 anos, melhor marcadora da Série A, com 12 golos, e uma das capitãs da seleção nacional de sub-17, é o rosto desse mesmo projeto. "Graças ao trabalho do clube consegui chegar até aqui", enaltece, sublinhando que a integração das mais jovens no plantel principal, uma imagem do Boticas, "é positiva e demonstra o talento" que têm, uma integração que se torna fácil, muito graças à ajuda "das jogadoras mais experientes".
"Nem toda a gente pode viver esta situação"
No seio do plantel sénior existe uma história, no mínimo, peculiar. Maria Pinheiro, de 53 anos, e Bárbara Pinheiro, de 22 anos , são mãe e filha. A progenitora relata que esta é uma experiência muito especial. "Sinto-me muito feliz de estar numa equipa onde está a minha filha. Foi uma coincidência", conta, admitindo ser um estímulo "para continuar na equipa". Um orgulho que Bárbara compartilha. "Nem toda a gente pode viver esta situação", explica, admitindo, contudo, ficar muito apreensiva "sempre que ela está em campo".
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