Adriano Quintanilha, patrocinador principal da W52-FC Porto, reagiu ao adiamento da Volta a Portugal
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A Volta a Portugal, que estava prevista para a primeira semana de agosto (29 de julho a 9 de agosto), foi adiada. Setembro é o mês apontado, mas só na próxima semana surgirão as novas datas.
Face a esta decisão, Adriano Quintanilha, proprietário da W52 e principal patrocinador da W52-FC Porto, equipa que venceu as últimas quatro edições da Volta a Portugal, traçou o pior cenário: "Lamentamos, mas não temos alternativa, devido aos problemas que estão a surgir diariamente. Temos de aceitar. Esperamos que, pelo menos, em setembro haja Volta, porque se não houver, poderá ser o fim do ciclismo nacional. Ninguém consegue suportar uma equipa se estiver um ano sem publicidade. Em Volta, sem JN, é muito difícil. No meio disto tudo, não há culpados, é um momento difícil, temos de nos unir."
Traçando um paralelismo com o futebol, que reatou a competição, Adriano Quintanilha considerou: "Se houver Volta em setembro, será uma alegria para o nosso país. Se há futebol e não podemos ter uma Volta ao ar livre, alguma coisa está mal neste país. No futebol, temos 22 jogadores e cinco substituições, se tivermos cento e poucos homens na Volta, todos com testes e caravana reduzida, ao ar livre, não há motivos para não se fazer."
Depois de os municípios de Viana do Castelo e Viseu terem interditado a passagem da prova naquelas regiões, o responsável pela W52, avança: "Há muitos contras; há muitas Câmaras a anular chegadas e partidas. Depois dos problemas em Viseu, a seguir se calhar vem a Senhora da Graça. Creio que será pela covid e não problemas financeiros."
Adriano Quintanilha, em declarações a O JOGO, afirma que as equipas vão passar por dificuldades, mas sem ter informações concretas, avança: "Cada um responde por si, mas nós vamos tentar colaborar com os nossos homens que não têm culpa do que se está a passar."
Com setembro agora no horizonte, o dirigente refere: "Já havia uma decisão para julho/agosto e agora na próxima semana surgirá nova decisão, vamos acreditar que se realize mesmo. Neste momento, é complicado fazer previsões. Não se sabe se haverá segunda vaga, ninguém pode dizer nada, neste momento não há cérebros, estamos todos atados."
"Se a Volta for em setembro, se calhar o Grande Prémio JN, que estava apontado a setembro, será em outubro. Se houver estas duas provas, e o Troféu Joaquim Agostinho, temos as provas principais e isso salva a época", conclui.