Justin Rose queixou-se do campo e Danny Willett dos adeptos americanos. Mas a verdade é que a Europa apenas em raros momentos se mostrou à altura do objetivo de chegar ao tetra na Ryder Cup.
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"É tempo de Darren Clarke aceitar que o seu instinto o deixou mal", escreveu o colunista Oliver Brown no inglês "The Telegraph". No golfe, uma modalidade que foge da controvérsia como o diabo da cruz, a frase é quase bombástica. Apesar disso, toda a Imprensa britânica está cheia de denúncias (ou insinuações) do género.
A Europa perdeu no domingo a posse da Ryder Cup, depois de ser cilindrada pela adversária americana no Hazeltine GC, em Chaska (Minnesota, EUA). Um resultado de 17-11 não se verificava desde 2006 (18,5-9,5, mas neste caso em favor da Europa) e tendo a seleção europeia como derrotada desde 1981 (18,5-9,5 também). O tetra nunca foi uma hipótese.
O jogador Justin Rose já criticou a preparação do campo, queixando-se da posição das bandeiras na ronda de singles, e que tornariam os buracos finais fáceis de mais. O seu colega Danny Willett, cujo irmão publicara um artigo polémico acusando os adeptos americanos de se comportarem como "imbecis", acabou a competição e foi ao microfone desdizer o pedido de desculpas que fizera.
Mas o facto é que houve demasiados jogadores europeus abaixo das expectativas - entre os quais o próprio Willett, vencedor do The Masters. Bem vistas as coisas, só Rory McIlroy, Henrik Stenson, Sergio García, Justin Rose e os estreantes Thomas Pieters e Rafa-Cabrera-Bello merecerão nota positiva. Os restantes estiveram mal ou muito mal.
Um deles, em particular, irrita a Imprensa: o inglês Lee Westwood, escolha pessoal do capitão (e amigo de longa data deste) para injetar experiência numa equipa a que a fase de qualificação impusera seis rookies. Nem um ponto fez, tal como Andy Sullivan, Matthew Pitzpatrick ou o já referido Danny Willett.
"É fácil falar no fim. Mas, mesmo falando no fim, não mudava nada", diz Darren Clarke, colocando todo ónus no "acaso" do putting. "Foi um grande esforço coletivo e ganhámos todos juntos. Fomos uma equipa", disse do outro lado Davis Love III, relativizando (por exemplo) a superlativa atuação de Patrick Reed, a quem já chamam "Capitão América" ou mesmo "O Ian Poulter americano".
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