Confederação do Desporto e federação destacam legado do ciclista Rui Costa
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A Confederação do Desporto de Portugal saudou a "carreira exemplar e inspiradora" de Rui Costa, que anunciou esta sexta-feira a retirada do ciclismo, com a federação da modalidade a falar de um "legado que jamais será esquecido".
"Rui Costa distinguiu-se como um ciclista com inteligência e leitura de corrida notáveis, sendo um atleta muito completo e versátil, que engrandeceu a história do ciclismo e do desporto português", enalteceu o presidente da CDP, citado em comunicado do organismo.
Na nota, que se propõe celebrar "o percurso notável de Rui Costa, que conclui hoje uma carreira exemplar e inspiradora no ciclismo português", Daniel Monteiro destaca o facto de o campeão mundial de fundo de 2013 ter inspirado "toda uma geração de ciclistas".
"A Confederação do Desporto de Portugal reconhece o papel histórico de Rui Costa no ciclismo nacional e agradece-lhe as alegrias proporcionadas e os valores que personificou, desejando-lhe sucesso nos desafios futuros", conclui o comunicado.
Único ciclista português campeão mundial de fundo, o poveiro, que conta com 33 triunfos no currículo, anunciou hoje a sua retirada aos 39 anos, assumindo-se "abençoado" por ter vivido um sonho que o levou a vencer três etapas na Volta a França.
"Hoje, o ciclismo português presta homenagem a um dos maiores nomes da sua história. Rui Costa despede-se das estradas, mas deixa um legado que jamais será esquecido - feito de conquistas, resiliência e de um amor incondicional ao ciclismo", lê-se na página da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) na rede social Instagram.
Vencedor de uma etapa na Vuelta'2023, Rui Costa conquistou também três edições consecutivas da Volta à Suíça (2012-2014), destacando-se ainda nas clássicas, nomeadamente no Grande Prémio de Montreal, que ganhou em 2011.
Lembrando que Costa "é unanimemente reconhecido" como um dos melhores corredores nacionais de sempre, a FPC elogia "um percurso marcado pelo talento, pela consistência e por uma dedicação exemplar ao ciclismo português".
"O nosso sincero agradecimento por tudo o que deste ao desporto nacional. Obrigado, Rui - pela entrega, pelo exemplo e por nos fazeres sonhar. O teu legado ficará para sempre na história do ciclismo", termina o texto.
Profissional desde 2007, com as cores do Benfica, cedo deu o salto para o WorldTour, a primeira divisão do ciclismo internacional, num percurso que hoje acaba e que o levou a representar Caisse d'Epargne, antecessora da Movistar (2009-2013), Lampre-Merida (2014-2016), UAE Emirates (2017-2022), Intermarché-Circus-Wanty (2023) e EF Education-EasyPost nas últimas duas temporadas.
Três vezes olímpico - esteve em Londres'2012, Rio'2016 e Paris'2024 -, foi três vezes campeão nacional de fundo (2015, 2020 e 2024) e outras duas de contrarrelógio (2010 e 2013).
"Rui Costa, uma das referências do Desporto nacional, anunciou o final da sua carreira desportiva. Obrigado, Rui", escreveu o Comité Olímpico de Portugal nas suas contas nas redes sociais.
Participou ainda em 18 grandes Voltas, tendo-se destacado no Tour, onde foi 18.º em 2012.

