Rui Costa deixa Intermarché: "Tínhamos de decidir, por mais que nos custasse"
Corredor português esperou até onde pôde por decisão dos belgas, mas rumará a outras paragens.
Corpo do artigo
Rui Costa vai deixar a Intermarché-Circus-Wanty ao fim de um ano de ligação. O projeto agradava ao corredor português, que se sentiu com liberdade para escolher algumas provas do calendário e tal sensação devolveu-o às vitórias.
No entanto, as negociações complicaram-se porque a Circus, segundo patrocinador, vai reduzir o investimento na equipa em 50%, isto porque, por imposição legal na Bélgica, o tamanho da publicidade a marcas ligadas a apostas e casinos reduzem-se a partir de 2025 e poderão mesmo ser banidas em 2028. Chegado a outubro, era vital ao campeão mundial de 2013 encontrar uma solução profissional. A boa notícia é que Rui Costa vai estar mais um ano no World Tour e que tem contrato de um ano assinado. "Esperámos o máximo possível. O Rui gostava da equipa, a equipa gostava do Rui. Tínhamos de decidir, por mais que nos custasse. Irá estar numa equipa que lhe vai permitir oportunidades", diz a O JOGO o empresário do poveiro, João Correia, remetendo a divulgação da equipa para a próxima semana.
"Infelizmente, a idade agora é um problema para se negociar no World Tour, porque todas as equipas querem o próximo grande jovem. Mudar aos 37 anos é mais complicado, mas o Rui mostrou que é um dos melhores ciclistas do mundo. Tinha opções e achamos que, desportivamente, é a melhor hipótese. Vai ter liberdade", elucida Correia, feliz por manter o atleta na elite do ciclismo. Sair da UAE trouxe o instinto vencedor de Rui Costa, que ganhou o Troféu Calvia, uma etapa e a geral da Volta à Comunidade Valenciana e uma etapa da Vuelta. Fez top-5 na Strade Bianche, top-10 em San Sebastián e foi 13.º no último monumento, a Lombardia.
17152729