Declarações do ciclista português em entrevista a O JOGO
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Rui Costa tem 32 vitórias e não perdeu ponta de ambição.
“Sempre tive a virtude de querer e de conseguir ganhar. Nunca senti pressão, soube sempre correr com a ideia de lutar para ganhar”, destaca, entre sorrisos. Nega temer ficar sem equipa, apesar de assinar contratos por um ano apenas: “Não tenho receio. Dedico-me a 100%. Não vai ser por não ter equipa. Tem havido sempre equipas interessadas, felizmente. A minha ideia é anual. Acredito que possa fazer mais este ano [2024] e no próximo [2025]. Somos atletas solitários, mas sinto motivação em treino. Há um detalhe que me faz continuar: pensar em ganhar. Enquanto tiver essa sensação, vou estar.”
Depois de ser campeão mundial e ganhar na Suíça, acreditou poder lutar pela Volta a França. Não tem arrependimentos:
“Não diria que foi um erro. Quando vês que tens capacidades nas provas de um dia e nas de uma semana, pensas nas três semanas. E o Tour inspira-me. Em 2014, mudámos a planificação, deixámos de fazer trabalhos explosivos e foquei-me na montanha, em ritmos regulares e mais resistência. O trabalho foi bem feito. Queria fazer um top-10, mas a saúde não o permitiu. Abandonei por broncopneumonia e deixei de acreditar que podia ser possível um pódio no Tour. Quis voltar às origens, tinha mais a ver comigo lutar por provas de um dia. Pensar em bater Wiggins e Froome era impossível. E gosto de dedicar-me a coisas em que sinto que posso ganhar”.