Úran ficou sem forças, mas promete lutar pelo pódio
Corpo do artigo
O ciclista colombiano Rigoberto Úran (EF Education-Nippo), grande derrotado da 17.ª etapa da Volta a França, prometeu continuar a lutar pelo pódio, após ter ficado sem forças na subida ao Col du Portet.
"Faltaram-me as forças e perdi duas posições muito importantes na geral. Vou continuar a lutar. Amanhã [quinta-feira], é outro dia decisivo", declarou o segundo classificado do Tour2017.
Urán caiu hoje do segundo para o quarto lugar da geral, ao perder 1.49 minutos na meta para o vencedor, o camisola amarela Tadej Pogacar e mais de 1.40 para os homens que o seguiam na classificação, Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) e Richard Carapaz (INEOS), agora respetivamente segundo e terceiro na geral e os únicos com uma diferença na casa dos cinco minutos para o esloveno da UAE Emirates.
E a "queda" até poderia ter sido pior se o seu companheiro Sergio Higuita não o tivesse "rebocado" durante grande parte da subida: "Ajudou-me muito, sem ele teria perdido o dobro."
O colombiano não foi, contudo, o único a ter um dia mau, com Enric Mas (Movistar), o quinto classificado do Tour2010, a ceder mais de dois minutos e a perder definitivamente qualquer hipótese de estar no pódio final.
"Foi um día muito, muito duro. Não encontrei o ritmo em nenhuma das subidas e sofri toda a jornada", assumiu o sétimo classificado, que está já a quase 10 minutos da amarela.
O ciclista que está à frente de Mas na geral, o holandês Wilco Kelderman (Borra-hansgrohe), também perdeu tempo e justificou a sua má jornada com uma queda antes da subida ao Col du Portet.
"É uma pena. Tinha boas sensações nas pernas. O Emanuel Buchmann ajudou-me a reentrar no grupo antes da subida. Apesar de tudo, diria que foi uma boa jornada, porque preservei a minha posição e amanhã espero melhorar a minha classificação", disse.
Já o surpreendente quinto classificado, o australiano Ben O'Connor (AG2R Citroën), mostrou-se "orgulhoso" da sua prestação - foi quinto na tirada, a 1.26 minutos do vencedor.
"Sentia-me verdadeiramente bem hoje. Tentei seguir o Pogacar e o Vingegaard, mas era demasiado para mim e tentei ficar com o Úran e ainda consegui ganhar-lhe uns segundos no fim. Estou orgulhoso da minha subida", afirmou, notando que o camisola amarela está "noutro nível" e que os restantes estão a lutar apenas pelo pódio.