Declarações do craque português em entrevista concedida à Rádio Renascença.
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Ricardinho deixou a seleção portuguesa de futsal e, após 15 anos, está ausente dos convocados, vendo de fora o Europeu que a partir desta quarta-feira se disputa. O craque português admite o que o final da carreira não deverá estar longe e que as lesões terão um papel determinante, mas motiva-o que os clubes ainda o vejam como "um atleta com algum sumo para espremer".
"Quando será o fim da carreira? Longe não estou de certeza, com 36 anos [risos]. É verdade que ainda tenho vontade de ajudar, de me sentir útil. Esta decisão foi também a pensar nisso, a exigência era muito grande. Jogo bastante tempo, as viagens desgastam muito. São 15 ano", começou por dizer em entrevista à Rádio Renascença.
"Vai depender das lesões e do que o corpo vá dizendo. Depois de ter parado cinco meses para jogar o Mundial, só agora estou a voltar a jogar, tenho duas semanas de treino. Tem sido intenso, estou a sentir-me outra vez na forma em que posso estar. Acho que posso ajudar os mais jovens aqui no clube [ACCS, que desceu administrativamente e está agora na segunda Liga francesa]. Tenho de esperar para ver o que o corpo diz, a cada ano. A minha alegria de estar no campo não me deixa pensar no final", continuou, antes de concluir:
"Ninguém é eterno, algum dia terá de ser, mas vamos ver o que o corpo disser. Se as lesões me forem respeitando, vamos vendo. Em dezembro, muitos clubes tentaram contactar para saber como era a minha situação e isso motiva-me muito. É sinal de que ainda me vêm como um atleta com algum sumo para espremer."