Duas vezes MVP das finais, jogador de 30 anos sai dos Golden State para liderar uma nova superequipa. O curioso é que começa lesionado
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No futebol há a Juventus de Ronaldo, o Barcelona de Messi e até o Liverpool de Salah, tal como na NBA já houve Chicago Bulls de Michael Jordan, Boston de Larry Bird, La Lakers de Magic Johnson e depois de Kobe Bryant.
Kevin Durant teve uma época marcada por lesões e vai apostar numa nova franquia para provar ser o melhor
As equipas não pertencem aos jogadores, mas todos percebem a ideia, nos anos mais recentes corporizada em Cleveland, Miami ou agora nos LA Lakers, todos liderados por LeBron James.
Também já existiu um Oklahoma de Kevin Durant, que até foi a quatro finais de conferência e esteve uma vez a discutir o título da NBA - em 2012, perdendo para... Miami de LeBron -, mas os Golden State Warriors não "são" de um jogador específico e esse terá sido um impulso para a revolução que neste momento se vive no mercado. Durant mudou dos Warriors para os Brooklyn Nets e dará o "nome" a uma equipa que se pretende faça história.
O mais curioso, na revolução que se iniciou com a abertura do mercado de agentes-livres, é que Durant rompeu o tendão de Aquiles no jogo 5 das finais deste ano, frente a Toronto, e vai passar uma época lesionado. Os Nets vão arrancar por enquanto com Kyrie Irving, que chega dos Boston Celtics, por quatro anos, e o poste DeAndre Jordan, proveniente dos New York Knicks, que se juntam a Caris LeVert, Joe Harris, Jarrett Allen e Spencer Dinwiddie, os melhores de uma equipa que ainda há três anos se arrastava pelo fundo da tabela, sem jogadores jovens nem grandes escolhas no draft.
Provando que no negócio também entra a amizade e metas futuras, todos fizeram cedências. Ao invés dos 141 milhões dólares (cerca de 124 milhões de euros) para Irving e 164 milhões de dólares (145 milhões de euros) para Durant - este já longe dos 221 milhões (195 milhões de euros) que lhe poderia valer uma renovação por Golden State -, o primeiro aceitou 122 milhões e o segundo 137, ambos com bónus de 15% que lhe permita atingir o valor inicial, para a equipa poder encaixar Jordan, que assina por 40 milhões.
Kevin Durant vai com os amigos Kyrie Irving e DeAndre Jordan para uma equipa que ainda há três anos se arrastava, mas tem bilionários russos e chineses por trás.
Com dois títulos de conferência, em 2002 e 2003, quando ainda dava pela designação de New Jersey Nets, Brooklyn espera que o MVP das finais de 2017 e 2018, nas quais foi campeão por Golden State, e MVP da fase regular em 2014, os coloque no topo, mesmo sendo isso apenas em 2021. Entretanto, não são só os Warriors a levar um abalo. Aos New York Knicks também não vai agradar ter um vizinho possante.
Uma equipa de russos e chineses
Há cada vez mais capital russo em assuntos americanos e este não é exceção. Mikhail Prokhorov, que há uma década foi considerado o terceiro mais rico dos bilionários russos, é o principal acionista dos Brooklyn Nets desde 2010 e tem a franquia gerida por Dmitry Razumov, seu conterrâneo.
O proprietário do grupo de investimentos Onexim estará na origem deste grande salto dos Nets, mas não está sozinho: Joseph Tsai, um dos fundadores da multinacional chinesa Alibaba, adquiriu 49% do capital da franquia há dois anos, pelo que a base de apoio da equipa... intimida.