Responsáveis pelo surf em Portugal sugerem medidas e pedem atuação do Governo
FPS, ANS e WSL assinam um comunicado conjunto endereçado ao Governo em que sugerem algumas recomendações que devem ser adotadas para o regresso da prática de surf em Portugal. Reiteram ainda que as medidas propostas têm um "caráter de avaliação urgente".
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A Federação Portuguesa de Surf (FPS), a Associação Nacional de Surfistas (ANS), e a World Surf League - Europa (WSL), endereçaram a Marcelo Rebelo de Sousa, Eduardo Ferro Rodrigues e António Costa uma missiva onde elencam uma "série de recomendações às entidades oficiais e aos praticantes que representam em Portugal, para que seja retomado, de forma célere, regrada e desagrupada, o acesso ao mar, único local ao ar livre para praticar a atividade física, deixando para uma fase posterior o regresso da atividade económica e desportiva."
Os três organismos referem que o "retorno dos surfistas ao mar deverá ser autorizado, de forma inequívoca, regrada, desagrupada e em todo o território nacional, a partir das 0h00 do próximo dia 3 de maio", desde que se cumpram as recomendações das autoridades sanitárias. Para isso, apela-se a que os praticantes deste desporto não formem grupos, que regressem ao mar de "forma exclusiva pelo corredor de acesso" e não permaneçam na praia nem nas zonas adjacentes.
Além disso, cada surfista deve limitar a atividade física a uma "sessão de até noventa minutos, não sendo permitida a estadia ou convivência na praia". No caso de estar mais do que um atleta na praia, deve ser respeitada uma distância mínima de quatro metros.
No mesmo comunicado, a FPS, ANS E WSL afirmam que se deve dar prioridade à "retoma das competições profissionais nacionais e internacionais, em detrimento das amadores", de forma a permitir o regresso à atividade profissional dos surfistas. Relativamente às escolas de surf, poderão ser implementadas "medidas e limitações aos operadores económicos, a definir oportunamente".
As três associações reiteram ainda que estas recomendações têm "um caráter de avaliação urgente por parte das autoridades e devem também ser objeto de um compromisso cívico pela comunidade surfística" e explicam que estão disponíveis para trabalhar em conjunto com as entidades responsáveis para definir as medidas mais adequadas a tomar.
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