Marta Faria, jogadora de futsal do Carnide Clube, explica com tem vivido a fase de confinamento e defende a criação da II divisão nacional.
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Marta Faria é um exemplo de dedicação ao futsal feminino. Há 18 anos no Carnide Clube, onde além de jogadora, integra a estrutura, dá-nos conta dos últimos tempos a nível pessoal e não só. "Tinha partido o pé e estava a fazer fisioterapia dentro e fora do clube antes do confinamento. Foi difícil deixar de ter fisioterapia diária, mas a fisioterapeuta do clube telefona-me todas as semanas e dá-me novos exercícios para fazer e até sinto melhorias no pé", diz.
Na fase de readaptação, Marta congela, por exemplo, garrafas com água, que lhe servem de rolo para os movimentos do pé. Entre os toques na bola com as colegas de casa, Marta é monitora de ATL e professora de AEC de inglês. "A escola está fechada. Não sabemos se volta a abrir este ano letivo. Falo por WhatsApp com os miúdos, que sentem falta do desporto. Precisam de correr no recreio e estão frustrados com o confinamento", relata Marta, envolvida em ações de solidariedade.
"Também trabalho com situações de bairros sociais e soubemos que muitos miúdos passam por dificuldades. Decidimos juntar-nos e fazer distribuição de bens alimentares pelos miúdos do bairro e assim também constatar que estão bem", explica.
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No que ao futsal feminino diz respeito, Marta espera que a proposta enviada à Federação Portuguesa de Futebol, no sentido de abrir portas a uma competição intermédia, tenha o devido aval. "Temos esperança que a FPF nos ouça e pense que a segunda divisão nacional seria uma boa solução. Estamos a tentar envolver os clubes da distrital e primeira nacional, explicando o projeto para fazer ver à FPF e associações que só iríamos beneficiar disto e desenvolver um pouco mais o futsal feminino. Acho que ninguém fica a perder com a criação de um segunda divisão", alega a jogadora do Carnide Clube.