"Quem é rico como o diabo deve ajudar"

Conhecido por não ter papas na língua, mas também pelo lado solidário, Gregg Popovich, treinador de San Antonio, surpreendeu todos ainda antes do embate com Brooklyn. O técnico de 68 anos foi questionado sobre qual a importância de estar envolvido em ações de caridade - costuma ajudar instituições da região e fez uma doação "substancial" para as vítimas dos furacões Irma e Maria -, respondendo de forma bem direta. "Porque somos ricos como o diabo e não precisamos disso tudo, enquanto outros precisam. Portanto, é estúpido não dar. Muito simples", atirou.

O encontro com os Nets, ganho por 109-97, foi o primeiro de 2017/18 em que Pop contou com o plantel a cem por cento e sem lesões. Os Spurs passaram cerca de um terço da temporada sem nomes influentes como Kawhi Leonard, Tony Parker e Danny Green, obrigando o treinador a apresentar 13 cincos iniciais diferentes. E até sobre esta questão, o timoneiro mostrou estar definitivamente inspirado para falar, começando por dizer que não tinha ideia de como gerir uma equipa livre de lesões daqui para a frente. "Para isso é que servem os adjuntos", soltou antes de lembrar todos de problemas mais sérios, sendo ele um opositor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Não quero escrever aqui um livro. Não é uma pergunta que se responda em 30 segundos. Mas é basquetebol, não é o processo de paz do Médio Oriente, não é a descoberta do porquê da nossa democracia estar a ser corroída."

Dentro de campo, os texanos somaram o segundo triunfo seguido, tendo os bons desempenhos de Pau Gasol (15 pontos e 12 ressaltos), LaMarcus Aldridge (20 pontos e nove ressaltos) e Leonard (21 pontos). O extremo nunca tinha jogado tanto esta época (26 minutos), acabando utilizado no quarto período pela primeira vez.