ENTREVISTA EXCLUSIVA - Quando regressa a Portugal, Miguel Oliveira está sempre muito ocupado, pois não lhe faltam reuniões e compromissos com patrocinadores. Desta vez, televisões e rádios não o largaram...
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Simpático, afável, bem disposto, Miguel Oliveira conversou com O JOGO com total disponibilidade. Vivendo dias anormalmente preenchidos, respondeu a tudo e só pediu compreensão por não querer dar a opinião quanto à gestão da pandemia por cá.
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Como têm sido estes dias, com tantas entrevistas?
-Tem sido difícil gerir prioridades, nunca é fácil no momento em que mais queremos descansar. Mas é sempre ingrato dizer que sim a uns e que não a outros e depois, mesmo assim, ainda arranjar algum tempo para mim e para a minha família. Percebo que é o reconhecimento do meu trabalho, se não estaria tranquilo a dormir todos os dias. Entendo também que um pouco do meu sucesso e, acima de tudo, a visibilidade, devo-a à Imprensa, aos jornais. A todos os jornais.
Tem tempo para resolver assuntos pessoais?
-Sim, obviamente que sim. Na verdade, não tenho grandes coisas para resolver.
"Percebo que é o reconhecimento do meu trabalho, se não estaria tranquilo a dormir todos os dias"
Quando vem a Portugal deve ser muito solicitado. Como preenche os dias quando regressa a casa?
-Faço treino físico e depois tenho compromissos com patrocinadores, reuniões, encontros... O meu calendário é sempre apertado, estou muito tempo fora e quando venho sou muito sugado por todas as pessoas. Tento dividir-me por todas essas solicitações.
Nesta altura está mesmo de férias?
-Tenho tido muitos compromissos, entrevistas, muitas solicitações, por isso, férias... (risos). Começo a pré-temporada para a semana, treinando a parte física. Agora estou, realmente, quase de férias, não pego na bicicleta nem vou ao ginásio.
REGRESSO ÀS PISTAS A 14 DE FEVEREIRO
Tendo-se despedido da Tech3 de forma sentida, com a oferta de relógios personalizados a todos os elementos da equipa, Miguel Oliveira vai voltar entrar em pista, agora com a KTM oficial, entre 14 e 16 de fevereiro, para uma primeira sessão de testes da nova época, em Sepang (Malásia), onde treinará de novo na semana seguinte (19 a 21). A terceira entrada em pista será no Catar, de 10 a 12 de março, iniciando-se o Mundial nesse circuito de Losail, a 28 de março.
"Agora estou quase realmente de férias, não pego na bicicleta nem vou ao ginásio"
"O PAÍS DÁ-ME FORÇA PARA O FUTURO"
Excelente cozinheiro, diz não ter grandes especialidades. Também não é supersticioso e na mala só leva o básico. Garante que, se puder, não vai esperar por 2022 para ser campeão do Mundo.
Nas muitas viagens que faz, o que nunca pode faltar na sua mala?
-(pausa para pensar) A minha acreditação para entrar no paddock. Não sou ligado a superstições. Levo o normal, a roupa, os produtos de higiene, o básico.
"Não sou ligado a superstições. Levo o normal, a roupa, os produtos de higiene, o básico"
Ouvimos dizer que é um excelente cozinheiro. Quais são as suas especialidades?
-Não tenho grandes especialidades. Faço de tudo um pouco e não apenas arroz branco e bifes de peru... Faço uns risotos, uns peixes assados no forno, uma feijoada de cogumelos muito boa, enfim, um pouco de tudo.
O que sente quando tem um país inteiro a vê-lo correr, torcer por si e vibrar com as suas vitórias?
-Sinto uma grande confiança, muita força e orgulhoso por poder representar as cores do nosso país. Ter o país comigo dá-me força para encarar o futuro.
Para o ano vai ser campeão do Mundo?
-Se puder ser campeão para o ano, não vou esperar por 2022.