Presidente do Comité Olímpico do Japão deixa o cargo sob suspeita de corrupção
Tsunekazu Takeda está a ser investigado pelas autoridades francesas por negócios com a empresa do filho de um dirigente do COI, durante a candidatura de Tóquio à organização dos jogos de 2020.
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Suspeito de corrupção no âmbito da candidatura vencedora de Tóquio à organização dos jogos de 2020, o presidente do Comité Olímpico do Japão anunciou que abandonará o cargo, em junho. Tsunekazu Takeda, 71 anos, deixará também o Comité Olímpico Internacional (COI), embora negue as acusações de que é alvo, noticia, esta terça-feira, o diário The Guardian.
Foi este jornal inglês que, em maio de 2016 revelou o pagamento de 1,8 milhões de euros por dois relatórios a uma empresa do filho do então presidente da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), Lamine Djack - dirigente que fez campanha pela candidatura do Japão. Takeda está a ser investigado pelas autoridades francesas por corrupção ativa, por suspeitas de que o dinheiro poderá ter servido para comprar votos de membros africanos do COI.
"Penso que a decisão mais conveniente é retirar-me do comité japonês e do Comité Olímpico Internacional", afirmou, no final de uma reunião realizada em Tóquio, o também presidente do comité de marketing do COI.