Presidente da República entregou condecorações durante a Celebração Olímpica

Marcelo Rebelo de Sousa e Fernando Gomes
Mário Vasa
O Presidente da República entregou esta quinta-feira condecorações das ordens honoríficas ao atleta Pedro Pablo Pichardo, ao ciclista Iúri Leitão e aos canoístas campeões mundiais de K4 500 metros, durante a Celebração Olímpica
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Convidado pelo presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) para estar na cerimónia em que o organismo premeia os melhores do ano, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que pediu a Fernando Gomes se podia "aproveitar a ocasião para entregar as ordens honoríficas" que passa "os anos a tentar entregar", mas não consegue devido aos estágios ou competições dos atletas.
Depois de ter recebido a Ordem do Mérito Desportivo em 2022, após ter-se sagrado campeão olímpico do triplo salto em Tóquio2020, Pedro Pablo Pichardo, campeão mundial da disciplina este ano, recebeu hoje das mãos do Presidente da República a Ordem do Infante D. Henrique.
Já Iúri Leitão, campeão olímpico de madison em Paris2024 ao lado de Rui Oliveira - hoje ausente da cerimónia - recebeu a Ordem do Mérito Desportivo, tal como Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha, que se sagraram campeões da Europa e do mundo em K4 500 metros.
No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa recordou "as noites em branco" que passou para ver as medalhas de Carlos Lopes e Rosa Mota, campeões olímpicos da maratona em Los Angeles'1984 e Seul'1988, mas também as suas vivências olímpicas, nomeadamente no Rio2016, onde teve uma das suas "primeiras experiências" como presidente.
O chefe de Estado destacou ainda o "salto qualitativo" da Missão Olímpica a Paris'2024, descrevendo "uma dinâmica intravável" entre os desportistas lusos e mostrando-se confiante de que o seu sucessor vai assistir a uma progressão ainda mais acentuada em Los Angeles'2028.
Defendendo que seria "um escândalo" não recordar o que José Manuel Constantino fez pelo olimpismo nacional, Marcelo Rebelo de Sousa declarou-se "feliz" por Fernando Gomes ter assumido a liderança do COP, assumindo uma realidade mais ampla do que anteriormente, quando presidiu à Federação Portuguesa de Futebol.
"A sua presença enche o Movimento Olímpico de orgulho e confere a este momento o valor que os nossos atletas, os nossos treinadores, as nossas federações e os nossos clubes merecem", tinha dito antes o presidente do COP.
No seu discurso, Gomes descreveu a Celebração Olímpica, a decorrer em Lisboa, como "uma noite de gratidão" para atletas, treinadores, dirigentes ou clubes, e lembrou que o desporto nacional vive, "desde o início do ano, uma época particularmente auspiciosa", já que o país "regista os melhores resultados anuais em Mundiais".
"Sucessos que não são um acaso, mas antes a confirmação do impacto do trabalho e investimento realizados, de planeamento e de dedicação que envolve clubes, federações, treinadores, famílias, entidades públicas e privadas. Mas, acima de tudo, são a prova de que quando temos condições adequadas - formação, ciência, infraestruturas e apoio multidisciplinar - os nossos atletas correspondem com excelência", completou.
Para o dirigente, os bons resultados obtidos nos últimos meses pelos atletas nacionais "aumentam ainda mais" a responsabilidade do COP.
"Ser presidente do COP num momento como este é algo que encaro como um privilégio e um dever. [... ] O nosso compromisso é e continuará a ser o de trabalharmos com rigor, transparência e ambição para que todos esses atletas encontrem sempre as melhores condições, para que os sonhos se transformem em resultados e para que o desporto português continue a ser um vetor de educação, saúde e coesão social", prometeu.
Curiosamente, também o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, descreveu o desporto como sendo "cada vez mais um fator de coesão social", antes de vincar que "o Governo está a concretizar o que prometeu e não vai ficar por aqui".

