Pandemia mantém indefinida a ida de fãs até ao Japão. Hashimoto, presidente do comité organizador do evento, continua sem confirmar a eventual restrição, enquanto um jornal japonês avançou que apenas lociais poderão estar nas bancadas
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Seiko Hashimoto, a nova presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos, admitiu, esta quarta-feira, haver a possibilidade de não haver público estrangeiro a assistir ao vivo à próxima edição dos Jogos Olímpicos, que se realizará no Japão.
"Se a situação [pandemia] é dura e se iria preocupar os consumidores [japoneses], teremos de evitar que aconteça [presença de público estrangeiro]. A decisão sobre os fãs estrangeiros será tomada ainda antes do final de mês", afirmou a líder da comissão organizadora do evento desportivo.
A declaração foi proferida após uma reunião online de Seiko Hashimoto com Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, além de outros elementos associados à realização dos Jogos'2020, entre eles o governador de Tóquio Yuriko Koike e o ministro Tamayo Marukawa.
Todavia, à afirmação inconclusiva da presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos antecedeu-lhe um artigo do jornal japonês 'Mainichi', no qual, através de fontes "envolvidas nas discussões" sobre o mega-evento desportivo, foi referido que só haverá publico japonês.
"Na situação atual, é impossível trazer espetadores estrangeiros [a Tóquio]", pode ler-se nas páginas do referido título da Imprensa japonesa, citando um funcionário ligado ao executivo governamental do Japão, cuja identidade não foi revelada.
A opção da realização dos Jogos Olímpicos'2020 em Tóquio, daqui a quatro meses, não tem sido bem acolhida pela maioria da população do Japão, pois 80% pretende que o evento seja cancelado ou adiado novamente face ao contexto pandémico global.
A próxima edição dos Jogos Olímpicos realiza-se entre 23 de julho e 8 de agosto, vão envolver a participar de 11 mil atletas olímpicos e mais 4.400 paralímpicos, além de treinadores, staff e meios de comunicação destinados à cobertura do evento.
As Olimpíadas do Japão, adiadas para este ano devido à pandemia, vão ficar na história como as mais caras desde que há registo. O custo oficial do evento cifra-se em 15,4 mil milhões de euros, quantia proveniente, na maior parte, de investimento público - 6,7 mil milhões pertencem ao setor privado.