"Precisávamos de entender o que estávamos a fazer no ano passado para fazer isto funcionar"
Scott Redding satisfeito por recuperar sensação de lutar por pódios.
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O piloto britânico Scott Redding, da Ducati, disse este sábado que conseguiu recuperar a sensação de lutar pelo pódio, após vencer a primeira corrida da segunda ronda do Mundial de Superbikes, no autódromo do Estoril.
Redding realizou as 21 voltas ao traçado português em 34.08,039 minutos, com uma diferença de apenas 0,877 segundos para o turco Toprak Razgatlioglu (Yamaha) e de 0,915 para o britânico Jonathan Rea (Kawasaki), que partiu na "pole" para a corrida.
"Precisávamos de entender o que estávamos a fazer no ano passado para fazer isto funcionar, de forma a conseguir lutar por um pódio. Fizemo-lo e recuperei esta sensação. A mota funcionou bastante bem, estou muito feliz por ter conseguido vencer a corrida e aguentar os outros dois pilotos atrás. Gostava de manter isto assim, vamos trabalhar para isso amanhã [domingo]", afirmou aos jornalistas, após a corrida.
Arrancando da segunda posição da grelha, Redding assumiu logo na etapa inicial a liderança, mas teve sempre no seu encalço os dois perseguidores, numa intensa luta pela vitória, que definiu o pódio desde o princípio, com uma diferença considerável.
"Alguns fabricantes são mais fortes em certas pistas. Esta é muito boa para a Yamaha, a Kawasaki está a melhorar. Aragão [em Espanha, onde decorreu a primeira ronda], não é a melhor pista para a Yamaha, mas parece assentar nas duas Kawasaki", comparou.
No Estoril, fez-se sentir um vento muito forte, que tornou a prova "inconsistente", mas "é igual para todos", na pista que Redding afirma ser a que "tem o menor consumo de pneus", explicando também como procurou aguentar a liderança até ao final da prova.
"Ao mesmo tempo que estava a liderar, estava a correr de forma defensiva, pois sabia que a Yamaha curva muito bem. Portanto, precisava de me proteger. Era realmente necessário calcular o que estava a fazer", explicou o ex-piloto de MotoGP, de 28 anos.
O hexacampeão mundial Jonathan Rea mostrou-se satisfeito com o terceiro lugar na corrida, apesar de não ser "o melhor para os pontos", mas notou uma evolução em relação ao ano passado, onde diz ter sido "péssimo, mesmo muito mau", na pista do autódromo do Estoril, que entende não ser a melhor para a sua equipa, a Kawasaki.
"Sabemos que não é a melhor pista para nós, eu não gosto da pista, mas hoje fui capaz de estar na discussão. Sinto que podemos dar um passo amanhã [domingo]", frisou.
Na classificação geral, Scott Redding ascendeu à segunda posição, com 65 pontos conquistados, aproximando-se do líder e hexacampeão mundial Jonathan Rea, que soma 73, enquanto Toprak Razgratlioglu segue no terceiro posto, com 50.
No domingo, decorre a corrida de "superpole", em formato de "sprint", às 11:00, que também pontua para o campeonato, e, às 14:00, é a vez da última corrida no Estoril, após o Mundial se ter iniciado em Aragão (Espanha), no passado fim de semana.
O circuito do Estoril recebe pela quarta vez o Mundial de Superbikes, depois de 1988, 1993 e 2020, estando a decorrer à porta fechada, sem público nas bancadas, devido à pandemia de covid-19.