
Travante Williams defrontou o Benfica na Champions, ao serviço do Le Mans
FIBA
Há 92 atletas nacionais no estrangeiro. Os Estados Unidos são o principal destino e receberam 37 deles, seguindo-se a Espanha. Apesar dos regressos dos internacionais Joana Soeiro, Maria João Correia, Márcia da Costa, Laura Ferreira, Francisco Amarante e Vlad Voytso, portugueses lá fora são cada vez mais.
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No ano memorável das Seleções Nacionais, um dos segredos do êxito continua a ganhar força. A diáspora portuguesa, fundamental para a presença histórica nos oitavos de final do EuroBasket'2025, mais a participação inédita na fase final do Europeu feminino e um sexto lugar no Mundial de sub-19 sem precedentes, está a atingir números expressivos, tendo aumentado para perto da centena, segundo a lista disponibilizada a O JOGO.
Com Neemias Queta à cabeça - foi o primeiro e por enquanto único luso a chegar à NBA, em 2021 -, há 92 emigrantes portugueses na época de 2025/26 (49 homens e 43 mulheres), espalhados por 13 países. O lote é extenso, pois, e tendo como objetivo o reforço das seleções jovens, também inclui os atletas que a Federação Portuguesa de Basquetebol considera de interesse nacional, com raízes lusas, mas sem formação feita em Portugal.
Face à inspiração criada por Neemy, os Estados Unidos concentram a maior fatia nacional, com mais de um terço do contingente (37 atletas), contando-se 20 na primeira divisão do basquetebol universitário norte-americano. O número é semelhante ao da temporada passada (22), continuando a notar-se uma diferença esmagadora entre géneros: são 17 portuguesas na NCAA1, lideradas por Clara Silva (Texas Christian University), a que está mais próxima de imitar Ticha Penicheiro e atingir a WNBA, enquanto na NCAA1 masculina há um trio luso, no qual salta à vista Rúben Prey, no segundo ano por Saint John's e sendo quem gera mais expectativas para seguir as pisadas de Queta.
O basquetebolista do Vale da Amoreira ganhou a titularidade nos Boston Celtics na presente temporada e está a justificar a aposta ao mais alto nível, mas há representantes nacionais nos campeonatos principais em mais oito países, entre eles França, onde Travante Williams (Le Mans) está no grupo dos segundos classificados da Pro-A. Mesmo em divisões inferiores, como a competitiva Primeira FEB espanhola, os internacionais portugueses mostram-se cada vez mais: Nuno Sá deu a primeira vitória ao Palmer Basket e Rafael Lisboa marcou 28 pontos num jogo pelo Ourense, depois de o clube já o ter eleito o mais valioso de outubro.

Rafael Lisboa foi eleito o mais valioso de outubro pelo Ourense

