Portugal deve explorar a "pressão" da Hungria: "Têm obrigatoriamente de passar esta fase..."
Parte da estratégia portuguesa, indica Miguel Martins, é tentar tirar proveito da responsabilidade superior da equipa húngara em função de estar a disputar o Euro'22 entre portas
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O central Miguel Martins disse, este sábado, que Portugal tem que "entrar bem" no domingo com a Hungria, em Budapeste, para o Euro'2022, "imprimir um ritmo forte e mostrar, desde o início do jogo, que veio para ganhar" ante um adversário, cuja "pressão" poderá ser um trunfo "a favor".
Miguel Martins, em declarações no final do treino, adiantou que "vai ser um jogo de vida ou de morte" tanto para a seleção portuguesa como para a húngara, que perderam na primeira ronda, e "ganhará a que for mais coerente nos pormenores".
O central, de 24 anos, que joga nos húngaros do Pick Szeged, reconheceu que a derrota de sexta-feira na estreia com a Islândia (28-24) abalou o grupo e transformou em decisivo o jogo com a seleção anfitriã, que deverá ser apoiada por cerca de 20 mil adeptos.
"Sabíamos que era importante entrar a ganhar na competição. Não foi de todo um dos nossos melhores jogos, mas agora temos é que ir buscar forças e unirmo-nos enquanto grupo", disse Miguel Martins.
O central admite que, à partida, a Hungria é favorita, mas Portugal tem que encarar este jogo como decisivo e tentar explorar o facto de a seleção anfitriã estar algo pressionada, para assegurar, em casa, a continuidade em prova.
"Eles estão muito pressionados, porque o Europeu é em casa, e o que passa pelas cabeças deles é que têm obrigatoriamente de passar esta fase, pois querem fazer algo grande e isso pode jogar a nosso favor", considerou.
Miguel Martins, que no início da época trocou o FC Porto pelo Pick Szeged, irá reencontrar no domingo alguns colegas de equipa, com os quais trocou algumas provocações antes da prova, daí que também, por isso, o jogo tenha um sabor especial.
"Tem sido uma adaptação fácil. O grupo em Szeged é muito bom e dou-me muito bem com todos. Tivemos algumas picardias antes do Europeu e por isso também amanhã [domingo] será um jogo especial para mim, porque quero muito ganhar-lhes, aqui, na Hungria", afirmou.
De acordo com central Miguel Martins, "os húngaros encaram este Europeu para ganhar" e "acham mesmo que podem vencer o troféu" - nas mãos da Espanha que o ergueu nas duas últimas edições - que decorre em casa e na vizinha Eslováquia.
"Não entraram da melhor forma no Europeu, com uma derrota [frente aos Países Baixos] que, por certo, não estavam a contar, e para não ficarem de fora têm que nos ganhar amanhã", adiantou.
O central português desvalorizou o facto de conhecer alguns dos jogadores húngaros, embora reconheça que isso lhe dá alguma vantagem, mas que também é um "pau de dois bicos", porque os jogadores adversários também o conhecem.
"Poderá ser uma vantagem para mim, mas eles também me conhecem. Vamos ver quem conseguirá explorar melhor as desvantagens. Vou tentar explorar aquilo que são os pontos mais débeis da Hungria e ajudar Portugal com a vitoria", disse.
Miguel Martins referiu ainda que está a gostar da experiência de viver em Szeged, embora reconheça que "não é o Porto", considerando que "é uma cidade mais pequena, mas que tem tudo aquilo que é necessário para se poder viver bem".