Luís Vasconcelos desmente alegações da Direção federativa e diz que a não realização de novas eleições é "um ilícito criminal"
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"Ana Vital Melo não é presidente da FPKM desde o dia 3 de novembro de 2017, dia em que o TAD anulou a lista de delegados", escreveu Luís Vasconcelos a O JOGO, em resposta aos argumentos apresentados pela Direção da Federação Portuguesa de Kickboxing e Muaythai nas nossas páginas. A decisão do Tribunal Arbitral do Desporto continua por acatar após mais de dois meses e os opositores à atual gestão dizem que "Ana Melo se perpetua no poder, não convocando eleições e tomando ações como as de agendar assembleias gerais, organizar campeonatos, aprovar orçamentos para 2018 e efetuar exames de graduação, que geram uma receita considerável". "Está por isso a cometer um ilícito criminal, ao desobedecer a uma ordem judicial", acrescenta Vasconcelos.
Segundo o acórdão do TAD, 15 dos 38 delegados que votaram nas últimas eleições foram ilegitimamente eleitos, tendo outros quatro sido indevidamente recusados. "Contas feitas, 39% dos delegados que votaram na ex-presidente estavam em situação ilegal", refere Luís Vasconcelos, alegando que "os dois delegados que não apareceram para votar fizeram-no por terem sido intimidados a não comparecer". "É por isso irónico que Ana Vital Melo se continue a intitular presidente da FPKM, desrespeitando o sistema democrático em que vivemos, o ato eleitoral e até o tribunal do desporto", conclui o opositor.
"Relativamente às contas da federação para 2018, não se percebe como é que a senhora refere que para a aprovação apenas teve um voto contra, se apenas estiveram presentes nessa assembleia geral 12 delegados ilegais (os tais que o TAD excluiu). Ou seja, 12 pessoas que não podiam votar, aprovaram as contas", revelou ainda Vasconcelos, com um acrescento: "Desminto que a federação tenha sido auditada pela Segurança Social ou pelas Finanças".
O atleta e dirigente termina com uma lista das suas tarefas e ações durante os três meses em que foi funcionário remunerado da federação, para provar que "as expectativas de desempenho dificilmente terão sido goradas" e recorda que o facto de "não me ter sido elaborado um contrato de trabalho já está a ser analisado em sede própria".