"Pode nem toda a gente achar verdade, mas na minha cabeça eu sou a melhor do mundo"
Yolanda Hopkins está feliz com título europeu, mas ambiciona mais em 2023.
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A surfista olímpica Yolanda Hopkins disse esta quinta-feira à Lusa que está feliz por conseguir o título europeu, no Qualifying Series, um "objetivo de há muito tempo", e considera que 2023 pode ser o seu ano.
Em entrevista à Lusa, a olímpica passou em revista um "evento bastante incrível" em Taghazout, Marrocos, no qual a vitória que conseguiu lhe garantiu o título europeu no Qualifying Series (QS), a um evento do final do circuito.
"Sabia que tinha a possibilidade de ser campeã europeia logo ali, mas tentei não me focar demasiado nisso. Quando fui para Marrocos, estava apenas focada em continuar a mostrar o meu surf", comentou.
Hopkins sucede a Teresa Bonvalot, com quem partilhou a honra de ser pioneira olímpica pelo país em Tóquio'2020, no trono do circuito, um "bom exemplo da força feminina em Portugal, que está a aumentar todos os anos", citando também a campeã do mundo júnior Francisca Veselko.
Agora, enfrentará a Challenger Series em 2023, um circuito em que já participava há dois anos, mas com wild card, por resultados menos conseguidos em solo europeu, e quer levar "a mesma mentalidade e o mesmo surf".
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"Pode nem toda a gente achar verdade, mas eu, na minha cabeça, sou a melhor do mundo. Tenho é de demonstrar isso", atira.
Nesta nova etapa, tem "dois objetivos", entrar no principal patamar em 2024, o circuito mundial da World Surf League, e apurar-se para os Jogos Olímpicos Paris'2024, que se realizarão longe da capital francesa, no caso do surf, no Taiti.
"Estou a sentir que este ano vai ser o meu ano, estou feliz com o meu surf e o meu sítio mental. (...) Estive nos primeiros Jogos Olímpicos e foi incrível, quero voltar. Tenho grande esperança e confiança", remata.
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Desde Tóquio'2020 que sente que tem enfrentado "altos e baixos", com problemas familiares que a deixaram "um bocadinho em baixo", recuperando agora com a resiliência que a elevou a este patamar.
"Acho que temos de ir abaixo para subir, numa colina íngreme, e chegar até ao topo. Precisamos de cair algumas vezes para subirmos a montanha", considera.
Aos 24 anos, a algarvia foi vice-campeã dos Jogos Mundiais de Surf da ISA, em 2021, e em Tóquio'2020 conseguiu um quinto lugar, e diploma olímpico.