A duas semanas de iniciar nova época no ATP Tour, vimaranense já definiu, com o treinador Frederico Marques, os principais objetivos. Descubra quais são.
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João Sousa está em Guimarães a passar a quadra natalícia com a família, ao mesmo tempo que descansa da dureza das quatro semanas de pré-época, principalmente na última, em Tenerife (Canárias). Na quinta-feira regressa aos treinos em Barcelona e nos primeiros dias de janeiro viaja para a Nova Zelândia, onde inicia, em Auckland, sexta temporada seguida ao mais alto nível.
Durante as férias, em novembro, revelou, numa entrevista à Sport TV, que antes de iniciar uma temporada, estabelece com o treinador Frederico Marques os chamados "Desejos de Pré-época". Confrontado por O JOGO para desvendá-los, optou por sacudir (alguma) pressão. "Em termos gerais, procuro sempre ser melhor jogador. Existem alguns objetivos em relação a torneios, mas eu não gosto muito de os revelar, não querendo fugir à questão, são objetivos realistas."
Faz 30 anos em março e quer atingir, durante 2019, o auge de uma carreira cheia de recordes para o ténis português
É aqui que a "investigação" de O JOGO entra em cena, recorrendo a Frederico Marques, o seu treinador, de 32 anos, que vai iniciar a sétima época e meia no cargo. "No essencial, desejamos estar mais competitivos nos torneios grandes, desde os Grand Slams até aos Masters 1000, passando pelos ATP 500", começou por revelar aquele que também faz parte do staff técnico da BTT (Barcelona Total Ténis).
Indo ao encontro do interesse dos adeptos, Marques não podia ser mais específico, definindo sete "objetivos em termos de resultados para 2019". Ei-los: atingir os quartos de final de um Masters 1000; chegar às meias-finais de um ATP 500; conquistar um torneio ATP em singulares; vencer um ATP em pares; ajudar Portugal a entrar nas novas Davis Cup Finals; estar nos 32 primeiros (terceira ronda) nos Grand Slams; reentrar no top 30 do ranking e aí permanecer até ao final do ano. Pelo caminho, João Sousa tem a defesa, em maio, do título no Estoril Open e deixa uma primeira antevisão: "Vai ser difícil e espero jogar a um grande nível, como fiz este ano, numa semana que será muito exigente, mas na altura certa fazem-se todas as contas."
Pares terão uma menor relevância
O ano de 2018 fecha com a inédita presença, em simultâneo, de João Sousa no top 50 de singulares (44.º), pares (45.º) e prize money (38.º). O desempenho nos quadros de pares foi uma das boas surpresas, mas "para 2019 não serão tão prioritários", como alertou Frederico Marques, acrescentando: "Desejamos vencer um torneio dessa variante, mas acabar o ano outra vez no top 50 não é um objetivo." "Existem objetivos em termos de resultados, mas, sinceramente, para nós o importante será sempre o nível tenístico e a procura de boas sensações", concluiu.