Miguel Espinha, de 28 anos, jogou pela primeira vez na Seleção A e foi decisivo na vitória e no apuramento para o Mundial. Há cerca de um ano que o guarda-redes é presença assídua nas convocatórias do selecionador, mas só no domingo foi chamado, não só à lista de 16 como a jogo.
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Miguel Espinha, em estreia absoluta, foi uma das figuras da Seleção Nacional em Eindhoven, na vitória de Portugal sobre os Países Baixos que valeu a qualificação para o Campeonato do Mundo de janeiro de 2023.
"Agora estou mais calmo, o sentimento é de dever cumprido e de enorme felicidade. Esperava isto há bastante, desde que me tornei sénior que queria ir à Seleção A e ontem [anteontem, domingo] foi o realizar do sonho e, felizmente, da melhor maneira, com uma estreia para recordar", disse o guarda-redes do Cesson-Rennes, da Starligue - principal campeonato francês.
"Fazer parte do grupo da Seleção Nacional já é bastante bom, mas acreditava que se continuasse a jogar bem no clube chegaria lá. Algumas vezes foi difícil, porque contava ter a oportunidade e não acontecia", admitiu Miguel Espinha, em conversa com O JOGO, recordando o momento em que foi chamado: "Sabia que iria começar no banco. O Gustavo [Capdeville] tem estado muito bem, mas eu tinha a lição estudada e, depois de o Gustavo ter feito uma excelente primeira parte, quando o Telmo [Ferreira] disse para eu entrar senti uma grande motivação. Custou-me um pouco no início, mas depois comecei a defender umas bolas e tudo correu bem".
"Foi uma estreia para recordar"
Espinha, natural de Lisboa e que fez praticamente toda a carreira no Benfica, lembrou a primeira defesa. "Um remate aos seis metros, à minha direita e em cima", assinalou. "Foi muito importante, precisávamos de fazer a diferença na baliza para disparar, porque o ataque estava bem. Pensei, "ok, estamos dentro do jogo e preciso defender mais cinco ou seis"", revelou o guardião, que faz 29 anos em julho. E o que se seguiu foram mais seis defesas e fantásticos 47% de eficácia - ao mais alto nível internacional, defender acima de 30% dos remates é bom.
"Os meus colegas pediam mais uma, mais duas, mais três... E lá as fui fazendo. Depois, como disse, foi a sensação do dever cumprido, foi o objetivo alcançado pela Seleção Nacional, enfim, foi um dia perfeito", analisou.
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