Declarações de Pany Varela, Afonso Jesus e André Coelho esta segunda-feira, dia em que a seleção portuguesa de futsal, bicampeã europeia, regressou a casa.
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Pany Varela
Sentimento: "Antes de mais agradecer aos portugueses, o apoio é sempre fantástica, ainda não sei ao certo o que é ser campeão da Europa, imaginem o que é ser bicampeão, se calhar um dia quando parar de jogar. Para já, ainda não me caiu a ficha. Um dia que pare de jogar, vou ter a real noção do que este feito significa."
Dedicatórias: "Para as pessoas que nos aturam e apoiam no momentos mais complicadas das nossa carreiras, à Federação que não nos deixa faltar nada e nos tem apoiado de uma forma incrível durante este tempo todo, para os portugueses que têm passado por dois anos complicados e mesmo assim arranjam uma forma e um tempo para nos apoiar , a dedicatória tem de ser para todos os portugueses, somos um povo lutador e as vitórias transmitem tudo aquilo que somos como povo."
O 4-2 que marcou na final: "Não gosto de falar a título individual, o golo confirmou aquilo que já estava, que era vitória, obviamente que foi bom, o mais importante foi termos conseguido levar o nome de Portugal ao mais alto a nível europeu. Esta vitória vem fazer ver que as outras duas vitórias não foram por acaso. Temos uma qualidade incrível, aliada à nossa competência e união e ao nosso espírito de família, está aqui, somos bicampeões europeus e campeões do mundo não é por acaso."
O que mudou nos últimos anos: "Muitas das vezes no passado, o que nos fez perder foi a mentalidade. Hoje a nossa mentalidade mudou e com a qualidade que nós temos, a nossa mentalidade tem de ser mesmo esta, que é o que nós somos"
O que selecionador disse ao intervalo: "Tínhamos 20 minutos para dar a volta ao jogo e íamos dar a volta ao jogo, sempre acreditou em nós, nunca nos deixa duvidar, estes títulos que servem para mostrar toda a competência e o carinho que tem por nós."
Afonso Jesus
Sentimento: "Acima de tudo é o reconhecimento do nosso trabalho, aquilo que fizemos, não só no Mundial. É um processo longo e não se conquista um europeu ou um mundial só na final, conquistasse nos treinos e na preparação dos jogos, acima de tudo formar uma equipa e formar uma família, que é aquilo que nós fizemos desde sempre. A mensagem que nos passam e esperamos passar aos portugueses, quando as emoções se juntam e as coisas acabam por acontecer, já tinha acontecido em 2018 e no mundial, é uma prova viva que não aconteceu por acaso."
O que falta ganhar: "Falta ganhar muita coisa, ganhar não se trata apenas de ganhar troféus, o verdadeiro atleta quer continuar a ganhar e investir no que é a nossa performance e das nossas equipas. Na seleção é igual, só com um trabalho árduo é possível chegar um patamar de excelência, os jogadores só estão aqui, porque o seu principal foco é o trabalho diário e o compromisso que tem com o trabalho diário e só assim é possível tantas conquistas."
Qual o segredo: "A palavra-chave é família, mas temos alguém que nos conduz de uma forma inacreditável, que nos passa uma grande confiança e acredita em nós de olhos fechados. Só quando se vive é que é possível perceber quem é a pessoa que nos conduz. O mister Jorge Braz passa-nos uma mensagem e uma energia tal que nos contagia. A perder 2-0, como já aconteceu várias vezes, conseguíssemos virar o jogo e alcançar os títulos que conquistamos."
André Coelho
Qual o sentimento: "Não é assim tão fácil, quando conquistamos o primeiro título parecia que estávamos no céu e era difícil de imaginar três títulos seguidos. Estamos todos de parabéns, a família Portugal e a Federação."
Importância do título: "Tem uma grande importância, desde que cheguei â seleção o objetivo foi ganhar títulos e chegar ao primeiro lugar do ranking mundial. Estamos a dar passos consistentes em busca desses objetivos, sabemos bem o país que representamos e a dimensão que temos. É um orgulho enorme poder estar aqui festejar o terceiro título português."
Jorge Braz: "Transmite toda a confiança, para ele somos os melhores jogadores do mundo. Confia em nós de olhos fechados, no jogo com a Espanha na segunda parte nem falou, porque sabíamos o que tínhamos de fazer. Ele nos transmite isso antes dos jogos, espírito de união e dar as mãos uns pelos outros e saber que um pode estar bem, mas outro pode estar mal. É assim nas grandes equipas, até podemos ter um dia mau, mas damos as mãos."
Sonho: "Nunca imaginei vir à Seleção Nacional, quanto mais ganhar três títulos."
Dois golos: "Os golos fui eu que marquei, mas podia ter sido outro, não importa quem marca, temos todos o mesmo espírito de união. Somos bicampeões da Europa, mas por vezes só nos apercebemos dos êxitos quando convivemos com as pessoas."