Declarações à agência Lusa no final do Chéquia-Portugal (50-62), da primeira jornada do Grupo A do Campeonato da Europa de basquetebol de 2025, disputado esta quarta-feira na Xiomani Arena, em Riga, na Letónia:
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Neemias Queta:
"Fizemos um bom jogo, soubemos jogar, soubemos sofrer. O mais importante é saber manter a calma quando as outras equipas estão nas suas runs e depois jogar o nosso jogo, à procura dos nossos pontos fortes.
Acho que foi defensivamente (que estivemos melhor), porque conseguimos metê-los abaixo dos 60 pontos, o que é muito difícil de fazer a este nível. No primeiro período, eles só marcaram 10 pontos e a partir daí, sentimo-nos confortáveis. Claro que relaxámos um bocado, mas, quando chegaram os momentos cruciais, conseguimos cortá-los’e manter a calma.
Senti-me confortável desde o início, foi um bom jogo. Os meus colegas conseguiram encontrar-me nos meus pontos fortes e a partir daí é jogar o meu jogo.
Agora temos de manter o nível. Quando ganhamos não somos os melhores do mundo e quando perdermos não somos os piores. Manter tudo nivelado, porque é um jogo. O jogo trás montes de emoções e tens de manter a cabeça fria, ganhando ou perdendo jogos, porque há sempre outro jogo mais importante, que é o próximo, e no qual vamos lutar pela vitória.”
Rafael Lisboa:
“Desde o primeiro dia da preparação, nós tínhamos o objetivo de ganhar este jogo, porque o objetivo é chegar à próxima fase e esta vitória era crucial, importantíssima.
Celebramos, estamos contentes, mas, a partir do momento em que sairmos do pavilhão, já estamos a pensar e a preparar o próximo jogo, porque isto é jogo a jogo, dia a dia. Temos um jogo complicadíssimo [sexta-feira, com a Sérvia], mas vamos com a máxima força, para tentar ganhar o jogo e para lutar, tanto neste como nos próximos, para garantir o apuramento.
Quando sofremos 50 pontos, obviamente que o trabalho defensivo foi incrível, com entreajuda. Eu cometi um erro, mas tinha um companheiro a ajudar, o companheiro cometeu um erro, tinha outra a ajudar, e no fundo o basquetebol é mesmo isso, porque é impossível jogar sem cometer erros, porque é um jogo dinâmico, de emoções. Às vezes as pessoas esquecem-se de coisas, mas estivemos lá uns para os outros e isso foi fundamental. Depois, acabámos por não fazer um jogo ofensivamente muito bom, mas fomos muito competentes nos detalhes na parte final e conseguimos ganhar uma vantagem e consolidá-la até ao fim.
(11 pontos no terceiro período) Trabalho tanto no dia a dia, como no verão, como mentalmente, para estar preparado para, quando estes momentos chamam o meu nome para tentar decidir, estar o mais preparado possível. Tento visualizar estas situações, para, quando chegam, estar preparado e confiante para assumir esses lançamentos, com a melhor eficácia possível.”