Nadal e Djokovic contestados: "Quando se sabe que crianças e mulheres foram alvejados..."
Tenistas haviam criticado o All England Club por este não permitir a participação de russos em Wimbledon, entre junho e julho, mas não caiu bem junto de outras personalidades
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Como forma de retaliação à Rússia, por causa da invasão militar na Ucrânia, a organização do icónico torneio de Wimbledon impediu a participação de russos, medida extraordinária essa que fez levantar vozes (bem conhecidas) dos courts, como as de Rafael Nadal, de Novak Djokovic e de Stefano Tsitsipas, em oposição.
Em sentido contrário, e além do ucraniano Sergiy Stakhovsky, que expressou apoio à ação britânica, José Andrés, profissional espanhol de cozinha, que desenvolve um trabalho social amplamente reconhecido na Ucrânia, saiu em defesa do impedimento russo, contestando, em simultâneo, claro, Nadal, Djokovic e Tsitsipas.
"Quando se sabe que crianças, mulheres e soldados foram alvejados na cabeça por terem saído para comer pão... Raparigas foram violadas. Milhões de ucranianos deslocados. Não culpem Wimbledon, culpem a Rússia", escreveu José Andrés, que coordena uma equipa de uma organização não-governamental na Ucrânia.
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Após conhecida a decisão do All England Club, pelo que não haverá russos na relva britânica de um majors da temporada, Nadal, o principal contestatário, considerou-a como "injusta", por os "companheiros de jogo não serem culpados", enquanto Djokovic descreveu-a como "louca" e Tsitsipas denotou que os tenistas russos "não fizeram nada de mal para serem automaticamente excluídos" do quadro de Wimbledon.
O torneio, que se realizará pela 135.ª vez, decorre entre 27 de junho e 10 de julho.